Na Luta pela Escola Pública

Este blog pretende criar um espaço para informações e discussões sobre Escola Pública na Região dos Lagos, com destaque para o município de Cabo Frio.

O nome “Pó de Giz” é tomado, por empréstimo, do antigo time de futebol dos professores do Colégio Municipal Rui Barbosa. Um colégio reconhecido por sua luta pela educação pública de qualidade. Um lugar onde fervilha a discussão educacional, política e social. Colégio que contribui de maneira significativa na formação de seus alunos, lugar onde se trabalha com o sentido do coletivo.

O " Pó de Giz" é uma singela homenagem a essa escola que tem um "pequeno" espaço educacional, mas corajoso e enorme lugar de formação cidadã.


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

SEPE GANHA LIMINAR QUE PROÍBE DESCONTO DE GREVE NA REDE ESTADUAL

O Sepe acaba de ganhar uma liminar na Justiça, que proíbe o governo do estado e a SEEDUC de promoverem descontos e o lançamento do código de falta (30) para os profissionais da rede estadual que estejam fazendo a greve da categoria, iniciada no dia 8 de agosto. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro e foi concedida pela 6ª Cível. A o pedido de mandado de segurança foi feito pelo Departamento Jurídico do sindicato e foi julgado pela desembargadora Claudia Pires dos Santos Ferreira. Na sentença, a desembargadora determina que as Secretarias de Estado de Educação, de Planejamento e Gestão se abstenham de aplicar falta aos servidores grevistas, inclusive, nos dias de paralisação realizados com a notificação prévia da administração, assim como dos dias provenientes da greve deflagrada a partir de 8 de agosto, até que a decisão final seja julgada.

O mandado de segurança também proíbe retaliações a direitos estatutários, como a demissão de grevistas, sob pena de multa diária no valor de R$ 10 mil. Paralelamente ao pedido de liminar para combater as ameaças do governo estadual de cortar o ponto, o Sepe tem participado de audiências de mediação no Tribunal de Justiça e o desembargador presidente do TJ César Cury já havia adiantado que não deveria haver descontos antes da Justiça decidir sobre a greve (veja matéria no destaque 1 deste site)

Veja o teor da sentença publicada hoje abaixo:
Data de Publicação: 22/08/2013 No TRIBUNAL: Dados do processo (num. única)
Jornal: Diário Oficial do Rio de Janeiro
Caderno: Tribunal de Justiça. Judicial 2ª Instância.
Página: 00231
Local: Câmaras Civeis . 

*** DGJUR – SECRETARIA DA 6 CAMARA CIVEL *** 
Publicação: DECISAO- 

076. MANDADO DE SEGURANCA - CPC 0045412-95.2013.8.19.0000 Assunto: Direito de Greve / Regime Estatutario / Servidor Publico Civil / DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MAT Origem: TRIBUNAL DE JUSTICA Protocolo: 3204/2013.00360988 - IMPTE: SINDICATO ESTADUAL DOS PROFISSIONAIS DA EDUCACAO DO RIO DE JANEIRO SEPE RJ ADVOGADO: ELAINE APARECIDA ROLIM DE ALMEIDA OAB/RJ-111585 ADVOGADO: ITALO PIRES AGUIAR OAB/RJ-163402 IMPDO: EXMO SR SECRETARIO DE ESTADO DE EDUCACAO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO IMPDO: EXMO SR SECRETARIO DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E GESTAO DO ESTADO RIO DE JANEIRO Relator: DES. CLAUDIA PIRES DOS SANTOS FERREIRA Funciona: Ministerio Publico DECISAO: ... defiro a liminar para determinar que, as autoridades coatoras se abstenham de aplicar falta aos servidores grevistas, inclusive, nos dias de paralisacao realizados com a notificacao previa da administracao, assim como dos dias provenientes da greve deflagrada a partir do dia 08 de agosto de 2013, para
todos os fins de direito, ate decisao final, evitando-se assim retaliacoes a direitos estatutarios e descontos remuneratorios nos contracheques dos servidores grevistas e sancoes administrativas a titulo de demissao, preventivamente, sob pena de multa diaria no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Desembargador informa ao Sepe que Seeduc não vai aplicar o código 30 e sim o 61 – secretário Risolia reconhece o direito de greve


Nessa quarta-feira, dia 21, ocorreu mais uma reunião da Mesa de Mediação entre o Sepe e a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc). A mesa foi criada pelo Tribunal de Justiça do Rio para mediar as discussões entre o sindicato e o governo, e tem como presidente o desembargador de Justiça Cesar Cury, que informou na reunião o seguinte:

1) O secretário Wilson Risolia vai continuar na negociação;

 2)O 
secretário também admitiu ao desembargador Cesar Cury   que os profissionais de educação do estado têm o direito de realizar greve e que a Seeduc não colocará o código 30 no ponto. Portanto, segundo o que disse o desembargador ao Sepe a partir da afirmação do secretário Risolia, a Seeduc vai aplicar na greve o código 61 (código de greve) e não o código 30, que é o de falta sem justificativa.

O desembargador também confirmou o abono da paralisação de 72 horas ocorrida de 16 a 18 de abril e que a devolução do desconto referente a esses dias sairá até sexta-feira (23/08), em folha suplementar.

O desembargador pediu que a direção do Sepe apresentasse na Mesa de Mediação os pontos prioritários da pauta de reivindicações da categoria; pediu também que os profissionais de educação do estado apreciassem a evolução efetivados trabalhos da negociação nas assembleias de base e assembleias gerais.

Por fim, o desembargador ressaltou que o for homologado na Mesa de Mediação terá que ser cumprido, terá força de lei,não cabendo recurso por parte do estado.

A próxima reunião da Mesa será na quarta, na sede do TJ.

Veja o calendário da greve na rede estadual:



Quinta-feira (dia 22 de agosto) : corrida às escolas
sexta-feira (dia 23 de agosto): corrida às escolas
segunda-feira (dia 26 de agosto): assembleias locais e conselho deliberativo no Sepe
terça-feira (dia 27 De agosto): concentração ao meio dia na Cinelândia para a passeata até a Alerj, onde, a partir das 14h, será realizada a assembleia da rede estadual.









Rede estadual em greve realiza assembleia nessa quarta (dia 21)

Nessa quarta-feira, dia 21 de  agosto, os profissionais da educação da rede estadual realizam uma assembleia da rede estadual, no  Clube Municipal, na Tijuca, a partir das 9h, para discutir os rumos da greve iniciada no dia 8 de agosto. Logo após a assembleia ocorrerá uma passeata no centro do Rio de Janeiro, com concentração na Alerj, às 14h. Na sexta (dia 23), ocorrerá nova audiência com o secretário Wilson Risolia.

O que reivindica a rede estadual:
1 – Reajuste de 28%;
2 – Melhores condições de trabalho;
3 – 30 horas semanais para funcionários;
4 – Democracia nas escolas – eleição para diretor de escola;
5 – Fim do plano de metas e do projeto Certificação;
6 – A derrubada do veto do governador Sérgio Cabral ao artigo do Projeto de Lei 2.200, que garante uma matrícula de professor em apenas uma escola.



sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Sepe responde aos ataques desmedidos do secretário de Educação Wilson Risolia

O Sepe vem a público responder aos ataques do secretário de estado de Educação, Wilson Risolia, aos profissionais de educação da rede estadual, em greve desde o dia 8 de agosto. Veja abaixo o texto preparado pela direção do sindicato de repúdio aos ataques do secretário.
É lamentável que, em pleno contexto de busca de democracia, com a população nas ruas, exigindo e clamando por seus direitos, o secretário se faz de surdo e de forma absolutamente autoritária, e diz que vai demitir os grevistas! Não é a primeira vez que esse secretário age como se estivesse em pleno regime de exceção, numa ditadura militar! O secretário quer negar um direito de garantido na constituição a todo trabalhador, que é o direito de greve. O secretário também desconsidera e desconhece o Poder Judiciário e assume o papel de juiz ao afirmar que a greve é ilegal, sem que essa tenha sido julgada.
A greve é pública e foi reconhecida pelo próprio governo, na medida em que o vice- governador e o subsecretário de Educação chamaram o sindicato para uma audiência no dia seguinte a sua deflagração.
Esclarecemos que a SEEDUC  foi avisada, através de ofício, da paralisação e assembleia geral da categoria realizada no dia 8 de agosto, quando a greve foi votada. Assim como a rede estava em estado de greve desde abril.
O secretário de Educação não cumpriu sequer o que foi acordado na mesa de conciliação no Tribunal de Justiça. Não houve audiência no mês de julho e descontou os dias da greve de advertência, mesmo tendo sido votado o abono pela Assembleia Legislativa, bem como manteve o código 30 (falta não justificada).
Ao ameaçar de exoneração os professores e concursados em estágio probatório, o secretário  desconhece a decisão acerca do assunto que diz:
“1. A simples circunstância de o servidor público estar em estágio probatório não é justificativa para a demissão com fundamento na sua participação em movimento grevista por período superior a trinta dias.
2. A ausência de regulamentação do direito de greve não transforma os dias de paralisação em movimento grevista e faltas injustificadas.” (RE 226966)
Queremos declarar que esse tipo de atitude autoritária não ajuda e aposta numa radicalização do movimento grevista! O secretário, ao que tudo indica, quer apagar fogo com gasolina.
Queremos deixar claro para os profissionais de educação que o Departamento Jurídico do Sepe/RJ está a postos e já entrará com ação preventiva para que não haja desconto e hoje, entrará com uma ação a partir do que saiu publicado na Imprensa, hoje (dia 16 de agosto), com ameaças do secretário de Educação. Vamos juntos continuar a lutar pelo nossos direitos . Vamos juntos continuar a defender uma escola pública de qualidade. Nossa pauta não é apenas por reajuste salarial. É, principalmente, em defesa de uma escola pública que garanta aos nossos alunos uma formação plena!
Direção do Sepe RJ

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Calendário da rede estadual

Quinta (15/08): ato na Alerj, a partir das 14hpara pressionar pela derrubada do veto de Cabral à emenda do Sepe de uma matrículauma escola;

Sexta (16/08): corrida às escolas pela manhãato no Palácio Guanabara, com concentração no Largo do Machado, às15h;

Segunda (19/08): pela manhãcorrida às escolasàs 14hato unificado com a Faetc no Leblon, em frente à residênciado governador;

Terça (20/08): ato na prefeitura unificado com a rede municipal, a partir das 12h;

Quarta (21/08): assembleia às 9h, em local a confirmar.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

No limite

No limite. É assim que muitos professores encaram seu dia a dia: no limite da compreensão, no limite da paciência, no limite da saúde física e mental. A rotina estressante da profissão gera desmotivação, cansaço, angústia, irritabilidade e muitos outros problemas.
O motivo engloba várias causas: carga horária excessiva, cobrança por melhor desempenho, salas de aula lotadas, escolas com infraestrutura inadequada, baixos salários, falta de tempo para atualização e capacitação. Além disso, alunos mal-educados e pouco interessados na aprendizagem, e famílias distantes. Ou seja, uma situação alarmante e que resulta em quadros lastimáveis para a educação. Professores são agredidos por alunos, e vice-versa, dentro da escola. Diante disso, o que pode ser feito para que o limite não seja extrapolado?
Para Maria do Carmo Rezende Procaci Santiago, professora da Escola Municipal Estados Unidos, do Rio de Janeiro (RJ), que é docente há 39 anos, é imprescindível que os estudantes recebam na escola orientações sobre princípios morais. “A conscientização a respeito dos valores éticos e morais propicia ligação entre a escola e a vida. Particularmente, sinto falta, em meus alunos, dos valores morais. É uma lacuna que não poderia existir”, afirma. Ela conta que procura trabalhar o tema constantemente com seus alunos. “Antes de mais nada, valor moral pode ser definido como ‘respeito à vida’, não apenas à vida individual, mas à vida coletiva”, comenta. E completa: “a falta desse tipo de orientação contribui, e muito, para o desrespeito na escola em todas as formas: desrespeito entre aluno e professor, entre aluno e direção, entre aluno e funcionário, e entre os próprios alunos”.
O clima de desrespeito, que gera a violência na escola, tem sido uma das principais causas que levam os professores a viverem com a saúde física e emocional no limite. Maria do Carmo acredita que os vários tipos de agressão (verbal e física) a que o professor está sujeito, na própria escola, exerce forte influência na sua qualidade de vida e em seu trabalho. “É comum ouvirmos reclamações sobre as questões salariais, mas e as [questões] morais? Como ter educação sem resolver isso?”, questiona.
O professor Israel Marcos Guimarães, que leciona Matemática e Física, é uma das vítimas dessa violência. Guimarães está de licença após, segundo ele, ter sofrido uma agressão por um aluno do ensino médio, na Escola Estadual Capitão Alberto Graf, que fica em Caieiras, na Grande São Paulo. Professor há dois anos, Guimarães lamenta o ocorrido e conta que não pretende voltar a dar aulas. “Tenho medo. Penso em deixar a educação”, revela. O professor conta que no dia 29 de maio, durante a aplicação de uma prova, o aluno (acusado da agressão) não quis seguir a sua orientação para guardar todo o material. O professor então retirou a prova do estudante que, por sua vez, o atacou verbalmente, com palavrões e xingamentos. “Aí ele pegou a mesa [carteira] e jogou em minha direção. Mesmo desviando, acertou minha perna”, relembra o docente. Guimarães registrou Boletim de Ocorrência (B.O.) e desde então vem recebendo atendimento psicológico. “Não me sinto pronto para retornar à sala de aula, ainda estou chocado”, ressalta. O aluno acusado de agressão pelo professor teria problemas de comportamento, e é descrito por ele como alguém com perfil violento; o aluno foi encaminhado à escola pela Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente), de São Paulo. “Esse aluno, em geral, não está se adaptando à sala de aula comum”, considera o professor. Ele ainda reclama que a escola não lhe deu apoio imediato, demonstrando preocupação inicialmente com o aluno. “Meu sonho sempre foi ser professor, mas chega num ponto que você pensa: será que vale a pena?”, indaga.
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo está acompanhando o caso. O aluno envolvido foi suspenso, conforme prevê o regimento escolar.
Violência
A violência na escola é um dos fatores que mais geram insegurança. Segundo a pesquisa “Violência nas escolas: O olhar dos professores”, divulgada no mês de maio deste ano pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), 44% dos professores ouvidos responderam já ter sofrido algum tipo de violência em sua unidade escolar, sendo considerado violência desde agressão verbal (39%) a bullying (6%) e agressão física (5%),  e 57% dos professores ouvidos consideram as escolas violentas. A pesquisa foi realizada pelo Instituto Data Popular, entre os dias 18 de janeiro a 5 de março deste ano, com 1.400 professores, em 167 cidades do Estado de São Paulo.
Para a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, o índice de professores que sofreram algum tipo de violência preocupa. “São muitos os professores que vêm sendo agredidos. Além disso, é alarmante constatar que os casos de violência viraram uma questão corriqueira”, enfatiza. Ela também lamenta o fato de que, segundo mostra a pesquisa, em 95% dos casos os alunos são os responsáveis pela violência. “Eu atribuo tudo isso à retirada da autoridade do professor, que hoje é tratado como um ‘nada’. Mas ele é uma autoridade sim, é detentor de conhecimento, do saber que forma gente, que forma a sociedade”, ressalta Maria Izabel.
A pesquisa revela, ainda, que cerca de 40% dos professores que participaram do levantamento lecionaram em mais de um turno em 2012 e 58% lecionam mais de uma matéria. Além disso, 84% dos professores ouvidos têm conhecimento sobre casos de violência nas escolas que lecionaram em 2012. Para os professores ouvidos na pesquisa, a falta de educação, de respeito e de valores estão entre as principais causas da violência nas escolas, e 35% deles acreditam que os pais devem ser os principais colaboradores para a redução da violência. “Diante dessa perda da autoridade do professor, deve haver compromisso da família no ato de educar. Temos debatido isso. O que não pode é jogar essa responsabilidade nas costas do professor”, alerta a presidenta da Apeoesp. Ela adverte que a escola deve chamar a família para participar do cotidiano escolar, mas não para as festividades. “A família deve ser convocada para discutir a questão da aprendizagem, do ensino e do comportamento, das atitudes dos alunos. Isso vai deixar os pais mais interessados porque se trata de compromisso com a qualidade da educação”, afirma.
O levantamento também apontou medidas que ajudariam na diminuição da violência escolar: 28% dos professores acreditam que promover debate sobre violência seria uma ação favorável; 18% apontam a necessidade de atuação de profissionais de suporte pedagógico; 16% consideram investimento em cultura e lazer como uma medida importante e 15% defendem o policiamento nas áreas no entorno da escola. Outras medidas também foram apontadas, por um percentual menor de docentes, como gestão democrática nas escolas e a redução do número de alunos por sala.
Maria Izabel defende uma atuação mais efetiva dos conselhos escolares. “A comunidade escolar está nele [no conselho]. A escola tem que ser uma célula viva de debate e não uma agenda fria que se estabelece no início do ano. A cada situação, a escola deve chamar o conselho para discutir o que fazer. O conselho deve assumir uma agenda mais viva, permanente, e deve levantar pautas. Esse é o compromisso de todos”, considera.
No limite
O cenário que compõe o dia a dia escolar acaba gerando graves problemas para muitos professores, que acabam vivendo sob estresse permanente. Em 2012, a pesquisa “Professores no limite: O estresse no trabalho do ensino privado do Rio Grande do Sul” mostrou que os docentes estão adoecendo. O estudo foi publicado pela Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino do Rio Grande do Sul (Fetee/Sul), e realizado com base em pesquisa feita em 2008, pelo Departamento Intersindical de
Estudos sobre Saúde nos Ambientes de Trabalho (Diesat), e aprofundamento dos dados da pesquisa feito por profissionais do Programa de Pós-graduação de Psicologia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), de São Leopoldo (RS), em 2011. A pesquisa buscou identificar a relação entre as condições de trabalho e a saúde dos mais de 35 mil professores que atuam da educação infantil ao ensino superior do ensino privado no Estado.
Segundo a professora Janine Kieling Monteiro, doutora em Psicologia e uma das autoras da publicação, os fatores de adoecimento que mais se destacaram na pesquisa foram sobrecarga de trabalho e dificuldade de lidar com os alunos. “No primeiro caso, o problema está relacionado à quantidade excessiva de atividades que o professor tem que executar hoje em dia, sobretudo no período extraclasse. Em relação aos alunos, as dificuldades surgem porque eles têm menos limites e educação [modos de comportamento] do que anos atrás, e menor motivação para estudar, já que hoje têm mais disponibilidade de informações”, comenta Janine.
A pesquisa revelou, segundo Janine, um índice considerado muito alto de estresse entre os professores – 58,4% no grupo estudado. Comparado a outras profissões avaliadas, em outros estudos que utilizaram o mesmo instrumento de pesquisa, o índice de estresse dos professores é o maior: 47,4% em policiais militares de Natal (RN) e 47% em bancários de Pelotas (RS). Janine explica que o nível de estresse é dividido em quatro etapas: alerta, resistência, quase-exaustão e exaustão. “A fase de estresse que predominou foi a de resistência, etapa em que estão 50,5% dos professores entrevistados”, explica a professora. Os sintomas que mais se destacaram foram cansaço excessivo e tensão muscular. “Na fase da resistência, existe um aumento acima do normal na capacidade de funcionamento do organismo, o qual busca se reequilibrar, utilizando-se de grande energia, o que pode gerar a sensação de desgaste generalizado sem causa aparente e dificuldades com a memória, entre outras consequências”, adverte a pesquisadora.
Para minimizar os níveis de estresse, Janine orienta que o professor deve procurar ajuda. “Pedir ajuda tanto para a escola como para os colegas – para maior apoio em suas atividades, por exemplo. Também fazer contato com amigos e familiares, a fim de dividir as dificuldades. Quando necessário, buscar ajuda de um profissional de saúde”, sugere. Ela comenta que as doenças que geralmente aparecem nesses casos são as psicossomáticas: doenças do coração, problemas de coluna, LER/Dort, problemas na voz.
Outro dado alarmante da pesquisa é que 83% dos professores disseram frequentar o trabalho mesmo doentes. “Trabalhar doente diminui consideravelmente o desempenho do profissional, o que pode comprometer a qualidade do seu trabalho e agravar ainda mais a sua saúde”, alerta Janine.
Situações diversas, que geram um clima de insegurança para o professor, sem dúvida afetam o desempenho em sala de aula. De acordo com Janine, aparece nesse cenário o fato de o docente não saber lidar com os alunos de hoje em dia, “que têm menos respeito pelo professor e, muitas vezes, até o ameaçam em sala de aula, além da insegurança de se manter no emprego, caso não ‘agrade’ tanto esse aluno”.
Prevenção
Medidas preventivas deveriam envolver amplo debate sobre a saúde física e mental dos professores, envolvendo escolas, sindicatos e comunidade em geral, buscando levantar possibilidades conjuntas para promoção de saúde e melhorias nas condições de trabalho, considera a professora Janine. “Qualidade de vida é tudo, se um trabalhador sente-se ameaçado e/ou cobrado quase todo o tempo fica difícil ter qualidade naquilo que ele faz. Há uma necessidade humana de poder realizar as atividades no trabalho com tempo e ‘clima’ viável para isso”, diz. E completa: “o professor está sentindo que sempre fica devendo algo, pois falta tempo para realizar tudo o que precisaria fazer para ter mais qualidade no seu trabalho”. Janine ainda observa que outro aspecto preocupante é a remuneração do professor, “que podia ser mais alta, pois, em muitos casos, ele trabalha em mais de uma escola para poder dar conta de suas despesas”.
A forma de reverter esse lamentável quadro, na opinião da professora Janine, é dar voz e apoio aos docentes. “É necessário ouvir mais os professores, a fim de buscar alternativas conjuntas para reverter a situação”, observa. Ela aponta ainda outras medidas que podem ser eficientes: desonerar o professor de algumas funções que são mais da área administrativa, que podem ser realizadas por uma equipe de apoio; promover atividades que visem aproximação efetiva entre alunos e professores; reconhecer e valorizar o trabalho dos professores, o que pode facilitar o convívio e tornar o ambiente laboral mais agradável e com menos fatores estressantes.

Matéria publicada na edição de agosto de 2013. Profissão Mestre

terça-feira, 13 de agosto de 2013


Jurídico do Sepe esclarece sobre os direitos da categoria 12/08/2013

Com relação à decisão dos profissionais das escolas estaduais de entrada em greve por tempo indeterminado, publicamos um esclarecimento preparado pelo nosso Departamento Jurídico sobre o direito de greve e como o sindicato está se preparando para garantir, na Justiça, que o governo do estado não puna a categoria pelo exercício deste direito fundamental garantido aos trabalhadores pela Constituição Federal.

1) A greve é legal?
Greve é um direito constitucional onde a ilegalidade de seu exercício apenas ocorre quando declarada pelo Poder Judiciário.

2) Estamos respaldados?
Em razão da falta de regulamentação do direito de greve para os servidores públicos, o Poder Judiciário tem utilizado a Lei de Greve do regime privado - Lei nº 7783/89 – onde, preenchidos os requisitos que ela dispõe, tende a ser declarada legal, na falta de abuso no exercício deste direito.

3) Cumpriremos o prazo de 48 horas?
O prazo de 48 horas ou 72 horas para as atividades essenciais do serviço público, que se refere à notificação prévia da Administração Pública a respeito da paralisação, foi devidamente cumprido pelo Sepe;

4) Haverá corte de ponto?
Não é legítima a punição imediata do servidor, quando justas e respaldadas as reivindicações; poderá ser avaliado pelo Judiciário o fim dos descontos assim como o afastamento das retaliações. O Departamento Jurídico do Sepe está, neste momento, envidando esforços na realização da ação judicial preventiva contra os descontos.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Nota da direção do Sepe sobre a audiência (12.08) no palácio Guanabara

O vice-governador Luiz Fernando Pezão e o subsecretario de Educação, Antonio Neto, receberam os coordenadoresgerais do Sepe/RJ e mais um representante da base da categoria. A audiência abordou todos os pontos da pautaapresentada pela direção:

1) Abono do ponto da greve de advertência e a devolução do desconto: O Governo fará a restituição do descontoda greve de advertência (realizada nos dias 16, 17 e 18 de abril) e republicará o abono, para efeito funcional, dasparalisações anteriores. A orientação da Secretaria de Estado de Educação (SEEDUC) de colocar o código 30 (faltanormal e não falta por greve) na greve foi firmemente repudiada e questionada pelo Sepe. O vice-governadorafirmou que discutirá a situação com a SEEDUC.

2) Uma matrícula, uma escola - nenhuma disciplina com menos de dois tempos de aula: Apresentamos a listagem de professores com mais de uma escola, comprovando a situação. O subsecretário reafirmou o veto do governador ao projeto de Lei uma matrícula uma escola, argumentando a impossibilidade de atendimento no momento. O Sepepropôs a retomada da grade curricular de 2003 e nenhuma disciplina com menos de dois tempos de aula.

3) 1/3 de carga horária do professor para planejamento: Após cobrança da implementação da Lei pelo Sepe, lembrando inclusive que ganhamos na Justiça, o governo ficou de estudar como aplicará a Lei.

4) Lotação de funcionários: O Sepe apresentou a listagem dos municípios onde os funcionários ainda não voltaram às suas escolas de origem (Caxias, Campos e São Gonçalo) e o governo se comprometeu em rever a situação a partir daslistagens apresentadas anteriormente.

5) Reajuste salarial: Cobramos o que falta para recuperarmos as perdas de 28%. Reabrimos o debate e o vice-governador afirmou ser impossível mais algum reajuste ainda esse ano.

6) Animação Cultural: O governo se comprometeu a pagar o reajuste de 8% para os animadores.

7) Plano de Metas: O Sepe questionou o Plano de Metas com argumentos político/pedagógicos, mas o governoafirmou que esta era a política para a educação no estado do Rio.

8) Haverá nova audiência no dia 19 de agosto para retomar as discussões.

Esclarecemos que a direção da greve é dada pela assembleia da categoria e por comando de greve. No entanto, é inaceitável a truculência com que os manifestantes foram tratados, entre eles diretores do Sepe/RJ. Repudiamos, veementemente, a ação da polícia que provocou muitos feridos. A direção do Sepe/RJ atuou no sentido de mediar o conflito e proteger os manifestantes, contatando a OAB, o departamento jurídico do sindicato, parlamentares e movimentos sociais e tomará as medidas cabíveis no sentido de reparar os danos sofridos.

Carta às comunidades escolares do Estado do Rio de Janeiro

Caros responsáveis e alun@s,

Nós, profissionais da Educação Pública, assim como toda a sociedade, lutamos há anos por uma educação de qualidade. Melhorias nas condições de trabalho para os profissionais da Escola e na qualidade do ensino fazem parte de nossas reivindicações.
Sabemos que a Educação é o meio pelo qual se formam cidadã(ão)s, aprendendo valores, adquirindo capacidades de organização, formando opiniões próprias e proporcionando o desenvolvimento intelectual.
Sabemos também que até hoje esse serviço público essencial, a que todos temos direito, nunca foi prioridade para os governantes, em sua importância para os trabalhadore(a)s. Por isso, nesse momento de grande agitação social, os trabalhadores da Educação do Rio de Janeiro começam um processo de luta contra as políticas públicas do atual governo. Entendemos que o governo deve ser pelo e para o povo, o que não tem ocorrido. Professore(a)s e outros funcionári@s são cada vez mais desvalorizados, estando hoje extremamente sobrecarregados, o que impossibilita um ensino de qualidade.
Lutamos por:
- melhor estrutura física na escola, como temperaturas suportáveis para realização de atividades, como já é previsto por lei;
-menor quantidade de alunos por sala, facilitando que cada alun@ tenha a atenção que necessita para se desenvolver;
-melhores salários e menor carga horária;
-contratação de mais professores por concurso, melhorando assim a qualidade de nosso trabalho.
Assim, convocamos a comunidade local, alun@s, mães e pais, para seguirmos juntos nessa luta histórica, por uma educação realmente voltada para os trabalhadore(a)s e seus filh@s. Não será fácil, pois como sabemos, as estruturas de poder e os interesses estabelecidos são muito fortes. Desta forma, precisamos nos unir num único movimento e encontrar formas de pressionar o atual governo por mudanças verdadeiras, participando tod@s do processo político.

“O povo unido, jamais será vencido”.

Cordialmente,
Os professore(a)s e funcionári@s das escolas públicas do Estado do Rio de Janeiro
Rio de Janeiro, Agosto de 2013.


domingo, 11 de agosto de 2013

Assembleia da Rede Estadula, dia 14/08

Vamos à assembleia da rede estadual no Rio, quarta dia 14/08?
O SEPE disponibilizará condução aos interessados.
Esta é a hora! Precisamos de todos, juntos somos fortes!

 A saída em Cabo Frio será às 10h.

Greve é Código 61

Exija o seu direito!
GREVE é o Código 61!


O SEPE-RJ recebeu informações da categoria de que as Coordenadorias Regionais da SEEDUC estariam orientando as Direções de escolas a lançarem Código 30 (Falta Não-Justificada) para os/as profissionais que aderirem à GREVE da Rede Estadual. Alegam, supostamente, que a greve em curso seria ilegal.

ESCLARECEMOS:

1- A GREVE é legal. Primeiro, porque o direito de greve é constitucional e será exercido por decisão exclusiva dos/as trabalhadores/as. Assim diz a constituição, no artigo abaixo.

Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§ 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.

2- A GREVE foi decretada por decisão da categoria, em Assembleia. Não dependeu apenas do SEPE. Portanto, vale as prerrogativas constitucionais: a categoria decidiu, coletivamente, usar seu direito de greve para pleitear suas pautas.

3- A educação não é considerada "atividade essencial" (em termos pragmáticos, claro), como a saúde ou transporte público. Portanto, não cabe "aviso prévio" da paralisação, nem mínimo contingente para funcionamento das unidades educacionais. De qualquer maneira, o Departamento Jurídico do SEPE já entrou na Justiça para garantir a "legalidade" da greve. Temos respaldo, pois o sindicato sim cumpriu determinados trâmites, como a comunicação da greve ao Governo de maneira prévia.

4- A adesão à greve é um direito também individual. Caso o/a profissional da educação decida aderir, não cabe à Direção de Escola decidir qual código será lançado: tem a obrigação de lançar o 61, o código de greve do nosso MCF.

Em caso de abuso por parte de Direções de escola, denuncie ao SEPE-Niterói.

A categoria deve aderir à GREVE e nenhum instrumento de assédio pode ser utilizado ou deve nos assustar. JUNTOS SOMOS FORTES!

Replicado do Blog do SEPE-Niterói

Não nos calemos diante desses ABSURDOS!

Gostaria de deixar registrado o ABSURDO ocorrido na CONAE intermunicipal de ARARUAMA. O aluno Victor Davidovich do Ensino Profissionalizante do IFF - Cabo Frio, chegou, após grande dificuldade de transporte, na sexta (primeiro dia da conferência) e entrou direito no auditório para os debates, vendo que não tinha feito o credenciamento foi até o local, mas já havia terminado o horário de credenciamento. Fez solicitação verbal à comissão organizadora e obteve uma negativa. Na manhã do sábado, entregou pedido de recurso com relação a seu credenciamento e, só então, obteve o crachá de credenciamento, com etiqueta verde. O regimento aprovado na plenária inicial dizia que a condição para se candidatar delegado seria "credenciamento e participação em todas as etapas". Mesmo estando em conformidade com o regulamento, o aluno foi IMPEDIDO de ser delegado, o segmento que ele representava ficou com vaga OCIOSA! Uma segunda situação também ocorreu: a mãe de aluno Sra Sonia Maria Pereira da Silva fez seu credenciamento dentro do horário previsto, participou de todas as etapas e no momento da plenária dos segmentos ao verificar que a conferência contava com um número insignificante de participantes nessa modalidade e, ainda que, o número de vagas para delegados na estadual era ainda mais insignificante (apenas 01 pai/mãe poderia representar 7 municípios) na tentativa se ampliar essa participação ela foi até a comissão organizadora e "perguntou" se poderia se candidatar no segmento de alunos universitários pois havia VAGA OCIOSA naquele segmento (uma vez que a também é aluna universitária). A comissão AUTORIZOU que ela fosse para a plenária dos estudantes universitários. Na homologação, a plenária final, não permitiu que os participantes se candidatassem em segmentos diferentes daqueles para os quais se inscreveram e a mãe Sra Sonia, foi IMPEDIDA de ser delegada. A comissão organizadora DESORGANIZOU o evento e IMPEDIU duas pessoas em situação LEGÍTIMA de continuar suas contribuições na Conferência Estadual. É INADMISSÍVEL que uma conferência que tem em seu princípio a participação, a democracia e a legalidade aja de maneira injusta e antidemocrática. A impressão que tivemos é a de que quando mais vaga ociosa tiver, melhor, afinal economizam , o que é repugnante! Solicito que esta situação seja avaliada pela comissão organizadora estadual e nacional no intuito de garantir princípios básicos elementares não sejam rasgados como ocorreu na etapa intermunicipal.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013


Professor da Seeduc Veja porque vc deve PARAR na GREVE.

O companheiro Helismar postou : "Vamos nos mobilizar e tentar participar ativamente da Greve. O momento nunca foi tão propício pra conseguirmos avanços e ganhos significativos pra nossa categoria, já que o governo está com imagem altamente arranhada e não há coisa pior pra político que "desgaste de imagem"... Vamos à luta!!! Por uma educação pública de qualidade e promotora de cidadania!!! Deixo trecho de um texto de um colega acerca da greve na rede do município do Rio. A reflexão é, na verdade, pra professor de qualquer rede. Vamos à fala de Michel Souza: "Cabe a cada um escolher entre: 1. Aderir ao movimento e lutar por mais dignidade enquanto professor desta rede; 2. Não reclamar mais das condições de trabalho e estar sempre com um sorriso de satisfação no rosto por trabalhar nesta rede.
Entendo que alguns estejam desanimados, desiludidos, desestimulados e outros simplesmente ALIENADOS POR OPÇÃO, mas me nego a ficar apenas assistindo calado o governo "cagando" na minha cabeça. Frente ao quadro atual de manifestações da sociedade, em especial no Rio de Janeiro, julgo que é um momento propício para pressionarmos o governo: Paes certamente está receoso de mobilizações que exponham seu governo e poderemos ter avanços importantes."
Rumo à vitória!!! A greve voltou, Cabral, você a provocou!!!!! BASTA"!!!

Fim do plano de metas e do projeto Certificação!


Vamos todos à greve e avisem seus diretores que o código é 61!

Na assembleia da Rede Estadual foi dado o informe que os descontos que apareceram em nossos contracheques por PARALISAÇÕES foram indevidos e serão ressarcidos. O governo ficou em situação difícil, pois o abono desses dias foram garantidos em lei e publicados.


A Rede Estadual deliberou na Assembleia de hoje GREVE por tempo indeterminado. Estamos num momento histórico. Há tempos realizando paralisações e tentando a negociação com este governo fascista, mas chegamos ao nosso limite.
Esta é a hora! 
Vamos construir a maior GREVE de todos os tempos.
Unamo-nos aos companheiros e companheiras da rede municipal do Rio de Janeiro que tem enfrentado os mesmos desmandos que nós.Pela derrubada do VETO do governador no Projeto de Lei "1 matrícula, 1 escola";Por eleições para diretores das escolas;Pelo fim da política da meritocracia e da certificação;Pelo fim do assédio moral nas escolas;Por melhores condições de trabalho;Fora Cabral, vai com PAES! ( e todos os seus aliados).


GREVE - O que a rede estadual reivindica:




1 – Melhores salários – piso salarial de 5 salários mínimos para o professor e 3,5 para o funcionário administrativo;

2 – Melhores condições de trabalho;

3 – 30 horas semanais para funcionários;

4 – Democracia nas escolas – eleição para diretor de escola;

5 – Fim do plano de metas e do projeto Certificação;

6 – A derrubada do veto do governador Sérgio Cabral ao artigo do Projeto de Lei 2.200, que garante uma matrícula de professor em apenas uma escola;

7 - Fora Cabral, Fora Risolia.

http://www.seperj.org.br/ver_noticia.php?cod_noticia=4298
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quinta-feira, 8 de agosto de 2013



Ontem participei como representante do Conselho de Alimentação Escolar da elaboração do PPA (Plano Plurianual - 2014 a 2017).
Infelizmente, combinamos um encontro de dia inteiro, mas discutimos apenas depois das 14h, por isso não tivemos tempo de terminar toda a discussão e fazer a leitura da ata.
Numa gestão com orçamento participativo todos os setores da sociedade estariam, neste momento, realizando esta discussão.
Parabenizo a SEME por democratizar este momento, mas precisamos avançar ainda mais.
Na reunião fizemos uma avaliação do PPA anterior para propor a manutenção e a reinserção de alguns projetos/programas que NUNCA saíram do papel.
Dizer, por exemplo, que não é possível aparecer no PPA investimento em reforma e/ou ampliação de escola de Ensino Médio seria um crime, pois a gestão anterior realizou uma obra no C.M. Rui Barbosa que está SEM USO. Foram 500 mil reais "jogados fora"! Por isso, sinalizei que é preciso consertar o que foi feito para que seja liberado aquele espaço que hoje está sem uso ou subutilizado. Outras observações foram feitas e sugeridas, este é apenas um exemplo do quanto é importante a discussão com vários setores da sociedade.
Todas as secretarias precisariam discutir com seus conselhos e/ou representantes diretos/usuários/beneficiários/cidadãos o planejamento orçamentário para os próximos 4 anos nesta cidade.
O PPA será encaminhado à Câmara e estaremos de olho para que nossas sugestões, aprovadas nas discussões, não sejam "esquecidas".

sábado, 3 de agosto de 2013

Radiografia da Educação na Região dos Lagos

Segundo estudo realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e publicado no  Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2013), dos três indicadores que compõem o IDHM - longevidade, renda e educação- este último, educação, é aquele em que os municípios da Região dos Lagos tiveram, o pior desempenho. Iguaba Grande alcançou o melhor índice em 2010: 0,704. Em segundo lugar temos Rio das Ostras com 0,689, seguido de Arraial do Cabo com 0,677. Cabo Frio em 4º lugar, tem 0,640. Depois vem São Pedro da Aldeia, com 0,626. Em penúltimo, Armação dos Búzios, com 0,624, e Araruama em último, com 0,617. 
Entre as variáveis que compõem o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM-E) convém destacar algumas pela importância que têm na radiografia da educação na Região dos Lagos.
1) Porcentagem de pessoas de 18 anos ou mais com o ensino fundamental.
                                                  1991            2000      2010
Brasil                                          30.09            39.76      54.92
Araruama (RJ)                             22.08            34.77      55.57
Armação dos Búzios (RJ)             23.33            36.96      58.03
Arraial do Cabo (RJ)                    31.58            42.75      62.72
Cabo Frio (RJ)                            32.59            40.82       60.62
Iguaba Grande (RJ)                     24.82            41.54       66.03
Rio das Ostras (RJ)                     24.52            39.26       66.52
São Pedro da Aldeia (RJ)             28.55            38.15       57.81
                                                     
Araruama há duas décadas vem tendo o pior desempenho neste quesito. Rio das Ostras alcança, em 2010, a primeira colocação, saindo das últimas posições em 1991. 

2) Porcentagem de crianças de 5 a 6 anos que frequentam escola.
                                                  1991         2000           2010
Brasil                                          37.30         71.47         91.12
Araruama (RJ)                             44.99         81.68         92.31
Armação dos Búzios (RJ)             60.38         79.43          94.71
Arraial do Cabo (RJ)                    62.72         92.35         98,66     
Cabo Frio (RJ)                            51.68         74.81          94.81
Iguaba Grande (RJ)                     23.42          82.86         98.28
Rio das Ostras (RJ)                     27.26          79.70          94.83
São Pedro da Aldeia (RJ)            42.00          77.31          96.32

Arraial do Cabo teve  o melhor desempenho neste quesito em 1991, 2000 e 2010. Neste último ano, 98,66% das suas crianças de 5 a 6 anos frequentavam escola. Em último lugar, vem Araruama, com 92,31% apenas, bem próximo do índice nacional. Búzios é o penúltimo, com 94,71%. Reparem, o esforço feito por Iguaba Grande: saiu da última colocação em 1991 para a segunda, 20 anos depois, em 2010.  

3) Porcentagem de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental.
                                                         1991        2000       2010
Brasil                                                 36.84          59.13         84.86
Araruama (RJ)                                   25.61          44.77         81.07
Armação dos Búzios (RJ)                  40.12          60.65         81.28
Arraial do Cabo (RJ)                         35.10          64.85         82.91
Cabo Frio (RJ)                                  38.97          53.25         79.87
Iguaba Grande (RJ)                           41.53          57.20          82.34
Rio das Ostras (RJ)                           31.65          61.60         85.81
São Pedro da Aldeia (RJ)                   34.77         54.16         79.34

Rio das Ostras, de penúltimo colocado em 1991, assume a primeira colocação neste quesito em 2010. Reparem que ele é o único município que supera o índice nacional. São Pedro da Aldeia tem o pior resultado.   

4) Porcentagem de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo.
                                                                  1991         2000         2010
Brasil                                            20.01      39.72      57.24
Araruama (RJ)                               11.84      27.67      51.38
Armação dos Búzios (RJ)               20.49      23.76      44.70
Arraial do Cabo (RJ)                      14.27      41.31      56.38
Cabo Frio (RJ)                               16.89      31.65      51.32
Iguaba Grande (RJ)                        15.24      32.23      62.83
Rio das Ostras (RJ)                        12.28      32.57      56.83
São Pedro da Aldeia (RJ)               13.55       34.59      47.88

A rica Búzios tem mais da metade de jovens de 15 a 17 anos que não concluíram  o ensino fundamental. Há duas décadas atrás o 3º distrito de Cabo Frio tinha o melhor resultado da Região neste quesito. Iguaba Grande é disparado o melhor em 2010. 

5) Porcentagem de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo.
                                                       1991           2000         2010
Brasil                                   12.98       24.82     41.01
Araruama (RJ)                      9.91        12.60      35.09
Armação dos Búzios (RJ)      0.00         8.69        38.02
Arraial do Cabo (RJ)             10.04       15.18      43.12
Cabo Frio (RJ)                      12.95       17.54      37.39
Iguaba Grande (RJ)                9.23        18.00      47.22
Rio das Ostras (RJ)                6.68        17.01       43.01
São Pedro da Aldeia (RJ)      11.10        20.62       37.04

Iguaba Grande que já tinha a maior porcentagem de jovens com o ensino fundamental completo também tem a maior porcentagem com o ensino médio completo.            

1) Taxa de analfabetismo - 15 anos ou mais
                                                        1991       2000        2010
Brasil                                               19.40        12.94      9.61
Araruama (RJ)                                  20.88        11.01      7.41
Armação dos Búzios (RJ)                  13.15          7.89      4.56
Arraial do Cabo (RJ)                         11.52          6.76      4.55
Cabo Frio (RJ)                                 12.20           7.99      5.02
Iguaba Grande (RJ)                          15.73           7.93      4.24
Rio das Ostras (RJ)                          18.77          10.20      3.73
São Pedro da Aldeia (RJ)                  16.73           8.97      6.16

Rio das Ostras, em 20 anos, foi o município que mais reduziu sua taxa de analfabetismo: de 18,77 para 3,73. Araruama continua sendo campeã em analfabetismo na Região.   

2) % de 18 anos ou mais com ensino fundamental completo
                                                         1991          2000                2010
Brasil                                                 30.09           39.76            54.92
Araruama (RJ)                                    22.08           34.77            55.57
Armação dos Búzios (RJ)                    23.33           36.96            58.03
Arraial do Cabo (RJ)                           31.58           42.75             62.72
Cabo Frio (RJ)                                   32.59           40.82             60.62
Iguaba Grande (RJ)                            24.82           41.54             66.03
Rio das Ostras (RJ)                            24.52           39.26             66.52
São Pedro da Aldeia (RJ)                    28.55           38.15             57.81

Cabo Frio, que liderava neste quesito, foi superado na década passada por Arraial do Cabo. Mas na última década, Rio das Ostras- sempre ela- assume a liderança na Educação  da Região. Méritos também para Iguaba Grande, 2ª colocada. Araruama tem o pior desempenho, mas, finalmente, consegue superar a média nacional.

3) Expectativa de anos de estudo
                                                        1991        2000        2010
Brasil                                                8.16         8.76          9.54
Araruama (RJ)                                   6.40         7.56          8.84
Armação dos Búzios (RJ)                   7.62         7.95          9.09
Arraial do Cabo (RJ)                          8.00         9.15          9.49
Cabo Frio (RJ)                                   7.58         8.08          8.61
Iguaba Grande (RJ)                          10.11         8.33          9.66
Rio das Ostras (RJ)                            5.87         8.47          9.18
São Pedro da Aldeia (RJ)                   7.77          8.21          8.98

Rio das Ostras, o pior índice em 1991, 20 anos depois, fica próxima dos primeiros colocados. 

4) % dos ocupados com fundamental completo - 18 anos ou mais
                                                     1991         2000          2010
Brasil                                               -             46.47         62.29
Araruama (RJ)                                  -             39.44         60.63
Armação dos Búzios (RJ)                  -             38.84         61.27
Arraial do Cabo (RJ)                         -             48.98         68.72
Cabo Frio (RJ)                                 -             45.01          64.22
Iguaba Grande (RJ)                          -             43.78          71.42
Rio das Ostras (RJ)                          -             41.31          68.96
São Pedro da Aldeia (RJ)                  -             43.51          61.94


A rica Búzios é a penúltima colocada em número de trabalhadores com apenas o fundamental completo. Só ganha de Araruama e tem índice inferior ao nacional. 

5) % dos ocupados com médio completo - 18 anos ou mais
                                                        1991       2000           2010
Brasil                                                 -             30.84         44.91
Araruama (RJ)                                    -             24.10         43.10
Armação dos Búzios (RJ)                    -             22.94         41.16
Arraial do Cabo (RJ)                           -             29.68         49.28
Cabo Frio (RJ)                                   -              27.12         44.79
Iguaba Grande (RJ)                            -              27.58         47.97
Rio das Ostras (RJ)                            -              27.12         52.22
São Pedro da Aldeia (RJ)                    -              26.37         44.19

Como repercussão do quesito anterior, a rica Búzios tem o menor número da Região de trabalhadores com o ensino médio completo. Rio das Ostras assume a dianteira em 2010. 

6) % dos ocupados com superior completo - 18 anos ou mais
                                                          1991       2000             2010
Brasil                                                     -             7.97           13.19
Araruama (RJ)                                        -             4.47           11.57
Armação dos Búzios (RJ)                        -             7.14           10.76
Arraial do Cabo (RJ)                               -             5.60           12.25
Cabo Frio (RJ)                                        -             7.08          12.79
Iguaba Grande (RJ)                                 -             6.53            9.91
Rio das Ostras (RJ)                                 -             6.50          14.43
São Pedro da Aldeia (RJ)                         -             4.02           9.13

Búzios tinha, há 10 anos atrás, o maior número de trabalhadores com curso superior completo muito por causa dos "estrangeiros" que vieram morar no município. Dez anos depois, é superado por quem....Rio das Ostras, mais uma vez. Nosso vizinho tem os trabalhadores mais qualificados do que os da  Região dos Lagos.    

7) % de 0 a 3 anos na escola
                                                         1991          2000        2010
Brasil                                                   -              9.43        23.55
Araruama (RJ)                                     -               8.99        28.14
Armação dos Búzios (RJ)                    -                 8.54       15.69
Arraial do Cabo (RJ)                           -               15.95       40.12
Cabo Frio (RJ)                                    -              10.28        26.09
Iguaba Grande (RJ)                             -              11.35        35.15
Rio das Ostras (RJ)                             -              14.79        23.66
São Pedro da Aldeia (RJ)                    -               16.56       19.99

A rica Búzios tem o pior índice em termos de crianças em creches. Abaixo até mesmo do índice nacional, que não é lá essas coisas. Uma vergonha! 

8) % de 5 a 6 anos na escola
                                                       1991          2000         2010
Brasil                                              37.30           71.47       91.12
Araruama (RJ)                                 44.99           81.68       92.31
Armação dos Búzios (RJ)                 60.38           79.43       94.71
Arraial do Cabo (RJ)                        62.72           92.35       98.66
Cabo Frio (RJ)                                 51.68          74.81       94.81
Iguaba Grande (RJ)                          23.42          82.86       98.28
Rio das Ostras (RJ)                          27.26          79.70       94.83
São Pedro da Aldeia (RJ)                 42.00           77.31       96.32

Arraial do Cabo lidera em todos os anos ao longo das duas décadas. Iguaba Grande saiu do último lugar em 1991 para o segundo em 2010. 

9) Expectativa de anos de estudo
                                                         1991        2000          2010
Brasil                                                 8.16          8.76           9.54
Araruama (RJ)                                    6.40          7.56           8.84
Armação dos Búzios (RJ)                    7.62          7.95           9.09
Arraial do Cabo (RJ)                           8.00          9.15           9.49
Cabo Frio (RJ)                                   7.58           8.08           8.61
Iguaba Grande (RJ)                           10.11          8.33           9.66
Rio das Ostras (RJ)                             5.87          8.47           9.18
São Pedro da Aldeia (RJ)                     7.77         8.21            8.98

Neste parâmetro a grande surpresa é Cabo Frio apresntar o pior índice. Rio das Ostras, saiu do último lugar, há 20 anos, para o terceiro.

10) % de 11 a 13 anos nos anos finais do fundamental ou com fundamental completo
                                                        1991         2000         2010
Brasil                                               36.84           59.13       84.86
Araruama (RJ)                                  25.61           44.77       81.07
Armação dos Búzios (RJ)                  40.12           60.65       81.28
Arraial do Cabo (RJ)                          35.10          64.85       82.91
Cabo Frio (RJ)                                  38.97           53.25      79.87
Iguaba Grande (RJ)                           41.53           57.20       82.34
Rio das Ostras (RJ)                           31.65           61.60       85.81
São Pedro da Aldeia (RJ)                   34.77           54.16       79,34

1) % de 12 a 14 anos nos anos finais do fundamental ou com fundamental completo
                                                      1991                 2000                 2010
Brasil                                            45.03                  67.36                86.14
Araruama (RJ)                               36.69                  55.73                84.96
Armação dos Búzios (RJ)               46.51                  71.02                87.20
Arraial do Cabo (RJ)                      47.91                  72.99                90.08
Cabo Frio (RJ)                              46.53                   65.40                84.01
Iguaba Grande (RJ)                       48.00                   65.57                90.67
Rio das Ostras (RJ)                       35.37                   74.25                88.43
São Pedro da Aldeia (RJ)               49.81                   64.90                5.88

2) % de 6 a 14 anos no fundamental sem atraso
                                                        1991           2000             2010
Brasil                                               43.54           58.88           65.63
Araruama (RJ)                                  29.49           44.28           52.08
Armação dos Búzios (RJ)                  33.47           51.77           54.34
Arraial do Cabo (RJ)                         37.78           56.00           54.37
Cabo Frio (RJ)                                 37.62           50.53            51.75
Iguaba Grande (RJ)                          49.64           50.76            59.85
Rio das Ostras (RJ)                          31.75           49.76            58.48
São Pedro da Aldeia (RJ)                  37.89           50.16            53.26


3) % de 6 a 14 anos no fundamental com 1 ano de atraso
                                                         1991         2000         2010
Brasil                                                 23.13       19.03         18.47
Araruama (RJ)                                   25.25        24.32         25.08
Armação dos Búzios (RJ)                   27.95        25.30         28.13
Arraial do Cabo (RJ)                          22.34        22.19        26.85
Cabo Frio (RJ)                                  23.62         24.43        27.30
Iguaba Grande (RJ)                           20.81         22.27        21.68
Rio das Ostras (RJ)                           21.06         26.63        27.13
São Pedro da Aldeia (RJ)                   26.76        24.16         27.93


4) de 6 a 14 anos no fundamental com 2 anos ou mais de atraso
                                                          1991           2000          2010
Brasil                                                 33.33          22.08         15.90
Araruama (RJ)                                    45.27          31.39         22.85
Armação dos Búzios (RJ)                    38.58          22.94         17.53
Arraial do Cabo (RJ)                           39.88          21.81         18.78
Cabo Frio (RJ)                                   38.76          25.04         20.95
Iguaba Grande (RJ)                            29.55          26.97         18.47
Rio das Ostras (RJ)                            47.19          23.62         14.39
São Pedro da Aldeia (RJ)                    35.35          25.69         18.81 

5) % de 15 a 17 anos no médio sem atraso
                                                                 1991           2000          2010
Brasil                                                         56.20          63.78          72.80
Araruama (RJ)                                            50.50          45.13          65.98
Armação dos Búzios (RJ)                            44.36          57.69          57.26
Arraial do Cabo (RJ)                                   46.49          49.68          65.97
Cabo Frio (RJ)                                            54.84          58.13         64.44
Iguaba Grande (RJ)                                     69.95          52.82         72.32
Rio das Ostras (RJ)                                     27.76          48.23          65.10
São Pedro da Aldeia (RJ)                            52.91           57.80          67.44

6) % de 15 a 17 no médio com 1 ano de atraso
                                                     1991          2000            2010
Brasil                                             30.17          26.18          20.46
Araruama (RJ)                                35.14          37.25          25.83
Armação dos Búzios (RJ)                55.64          37.41          34.22
Arraial do Cabo (RJ)                       53.51          38.89          23.64
Cabo Frio (RJ)                               28.41           31.20         26.63
Iguaba Grande (RJ)                        19.31           28.43         27.68
Rio das Ostras (RJ)                        54.34           31.85         24.67
São Pedro da Aldeia (RJ)                29.40           29.90         24.42

7) % de 15 a 17 anos no médio com 2 anos de atraso
                                                         1991           2000          2010
Brasil                                                13.64          10.03          6.74
Araruama (RJ)                                  14.36           17.62          8.18
Armação dos Búzios (RJ)                    0.00             4.90          8.53
Arraial do Cabo (RJ)                           0.00           11.43        10.38
Cabo Frio (RJ)                                  16.75           10.67          8.93
Iguaba Grande (RJ)                           10.74           18.75          0.00
Rio das Ostras (RJ)                           17.90           19.91        10.23
São Pedro da Aldeia (RJ)                   17.69           12.30          8.14

8) % de 6 a 17 anos no básico sem atraso
                                                                  1991          2000        2010
Brasil                                                         39.06         52.72        61.84
Araruama (RJ)                                            26.53         38.11        49.13
Armação dos Búzios (RJ)                            29.99         46.84        49.70
Arraial do Cabo (RJ)                                   32.56          49.28       52.39
Cabo Frio (RJ)                                           33.83          45.08        48.59
Iguaba Grande (RJ)                                    42.93          43.71        58.33
Rio das Ostras (RJ)                                    27.20          42.91        55.25
São Pedro da Aldeia (RJ)                            34.13         44.24         49.63

9) % de 6 a 17 no básico com 1 ano de atraso
                                                         1991          2000         2010
Brasil                                                21.67        19.01          18.58
Araruama (RJ)                                   23.16        22.89          23.97
Armação dos Búzios (RJ)                   25.36        24.26          27.07
Arraial do Cabo (RJ)                          22.80        23.33          25.77
Cabo Frio (RJ)                                  21.73        23.43          26.79
Iguaba Grande (RJ)                           19.77        21.28          21.85
Rio das Ostras (RJ)                           20.62        25.24          26.87
São Pedro da Aldeia (RJ)                  24.24         23.20         25.90

10) % de 6 a 17 anos no básico com 2 anos ou mais de atraso
                                                         1991         2000          2010
Brasil                                                39.27          28.28        19.59
Araruama (RJ)                                  50.31          39.00         26.90
Armação dos Búzios (RJ)                  44.64           28.90        23.23
Arraial do Cabo (RJ)                         44.64           27.38        21.84
Cabo Frio (RJ)                                 44.44           31.48        24.62
Iguaba Grande (RJ)                          37.30           35.01        19.82
Rio das Ostras (RJ)                          52.18           31.84        17.88
São Pedro da Aldeia (RJ)                 41.63           32.56         24.47

Fonte: http://www.atlasbrasil.org.br/2013/consulta
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