Na Luta pela Escola Pública

Este blog pretende criar um espaço para informações e discussões sobre Escola Pública na Região dos Lagos, com destaque para o município de Cabo Frio.

O nome “Pó de Giz” é tomado, por empréstimo, do antigo time de futebol dos professores do Colégio Municipal Rui Barbosa. Um colégio reconhecido por sua luta pela educação pública de qualidade. Um lugar onde fervilha a discussão educacional, política e social. Colégio que contribui de maneira significativa na formação de seus alunos, lugar onde se trabalha com o sentido do coletivo.

O " Pó de Giz" é uma singela homenagem a essa escola que tem um "pequeno" espaço educacional, mas corajoso e enorme lugar de formação cidadã.


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Aluna de escola em SC cria página no Facebook para denunciar problemas


Estudante posta fotos e vídeos de portas quebradas, fiações expostas e aulas confusas


RIO - Uma estudante da Escola Básica Municipal Maria Tomázia Coelho, em Florianópolis, faz sucesso na internet ao relatar os problemas que encontra no seu cotidiano. Aluna do 7º ano, Isadora Faber, de 13 anos, posta textos, fotos e vídeos sobre aulas que considera ruins, portas e maçanetas quebradas e fiação elétrica exposta. Estimulada pela família e pelas mensagens que recebe pela rede social, sua página, “Diário de Classe”, já foi curtida por mais de seis mil pessoas desde 11 de julho, quando entrou no ar.

No seu texto de apresentação, a blogueira mirim diz que quer mostrar a verdade sobre a escola pública. Sua primeira denúncia foi sobre a porta do banheiro feminino, que não tinha fechadura. Em seguida, publicou uma foto de um interruptor aberto e escreveu que os alunos juntavam os fios para que o ventilador funcionasse. Depois, vieram bancos quebrados no refeitório, problemas no portão de entrada da escola e até um vídeo gravado durante uma aula de matemática, que mostra uma enorme bagunça.
Em entrevista por telefone, a estudante diz que não imaginava que sua iniciativa fosse causar tanta repercussão na internet. Ela conta que foi motivada pela irmã a contar as situações que enfrentava todos os dias. A menina estuda na unidade desde o 1º ano do ensino fundamental.
- Todo mundo na escola reclamava dos problemas e, conversando com a minha irmã, ela disse que tinha outra menina que tinha uma iniciativa parecida. Comecei a mostrar os problemas e todo mundo em casa me apoiou. Eles disseram que eu estava certa em expôr as coisas - diz Isadora.
Na sua opinião, os maiores problemas são o professor de matemática, que é o protagonista do vídeo da aula, e as várias fiações elétricas expostas que dão choque nos alunos. A estudante afirma que muitos colegas a apoiam na internet, mas não mantém a posição dentro da escola, onde professores e funcionários são contras às suas postagens.
- Ninguém me apoiou dentro da escola, os professores são contra e funcionários também. Eles fazem cara feia para mim, dão indiretas. Meus colegas me apoiam no Facebook, mas na escola não. Acho que eles ficam com medo.
Apesar de ter ficado abaixo da meta estabelecida pelo Ministério da Educação (MEC), a escola de Isadora conseguiu um resultado acima da média da rede municipal de Florianópolis na última edição Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2011. A unidade obteve a nota 4,8, maior do que o 4,6 da média da rede. O objetivo estipulado para 2011 era a nota 5.
As reclamações da aluna já renderam algumas melhorias também postadas na rede social, como a troca de portas e fechaduras. Procurada, a Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis informou que será realizada nesta terça-feira uma reunião com a direção da unidade. Só depois do encontro haverá um pronunciamento oficial sobre o caso.





quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Governo Cabral reprime o direito à livre expressão dos servidores públicos

Através da Comissão de “Ética” Pública Estadual (Resolução 3 de 10 de agosto de 2012, publicado no D.O de 13/08), ogoverno Cabral instituiu normas de conduta durante o período eleitoral que ameaça o direito de livre expressão e deorganização política e sindical do servidor público.

Segundo a resoluçãofica proibido ao agente e servidor de administrar campanhas eleitoraisenvolver-se em emsituações que possam suscitar conflitos entre seus deveres e interesses partidáriostornar públicas divergências comoutras autoridades ou criticar-lhes a honrabem como convocação de reuniões extraordinárias nas escolasexceto asprevistas no calendário escolar.

que está por trás de tal resoluçãoEsse governo busca criminalizar os movimentos sociais e suas liderançascomo osProfissionais da Educação em campanha salarial e Bombeirosao desrespeitar os direitos do servidor públicoferindofrontalmente os artigos 1º, 5º e 220º da constituição Federal que garantem a livre manifestação de pensamentofiliaçãopartidáriavedando qualquer censura de natureza políticaideológica e religiosaAlém dos servidoresoutros setoresestão sendo covardemente perseguidos e ameaçados como os estudantes.

governador Cabral e seus secretáriosenquanto agentes públicosdevem também se submeter ao cumprimento dessaresolução ao invés de impor seu cumprimento  para os servidores públicos facilitando então atingir seus interesses,acordos e alianças político-eleitorais.

SEPE encaminhou imediatamente essa resolução ao jurídico para que seja derrubada por sua inconstitucionalidade,buscará contato com os demais  sindicatos dos servidores públicosbem como apresentará denúncia a órgãos como asComissões de Educação e  de Direitos Humanos da ALERJ e a Ordem dos Advogados do Brasil.


Fonte: SEPE - RJ

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Para simples correspondência entre os Profissionais da Educação da Região

Por favor, preencham o Cadastro dos Profissionais da Educação do SEPE-Lagos.
Este cadastro destina-se aos profissionais da Educação dos Município de Cabo Frio, Arraial do Cabo e Armação de Búzios para envio de comunicação de interesses a todos da categoria, filiados ou não.
http://sepelagos.wufoo.com/forms/cadastro-profissionais-da-educaaao-do-sepelagos/

Redução da carga horária de Filosofia e Sociologia: Veja posição do Sepe contra mais um ataque da SEEDUC contra a educação estadual


Publicamos abaixo um texto construído em conjunto com profissionais da área de Filosofia e Sociologia, denunciando o mais novo ataque da SEEDUC contra a educação estadual, com a diminuição da carga horária destas disciplinas:


O SEPE contra a redução da carga horária de filosofia e sociologia


Lembrando as medidas do pavoroso governo militar e em sintonia com o pensamento tecnicista e mercadológico do atual governo do Estado, desde o início deste ano, as disciplinas filosofia e sociologia perderam um tempo de aula em sua carga horária no segundo segmento do ensino médio (2º ano), devido a uma medida governamental¹ que veio a prejudicar estudantes e professores. Vale a pena lembrar que desde que foi instituída a obrigatoriedade dessas disciplinas por meio de lei federal no ensino médio de todo país, o primeiro segmento do ensino médio (1º ano), também tinha sua carga horária reduzida em um único tempo.


                  Assim, a redução de carga horária operada este ano pela SEEDUC, deixou os dois primeiros segmentos do ensino médio amputados.  Vale lembrar, que os dois anos iniciais do ensino médio são fundamentais para que o estudante ganhe compreensão de qualidade nestas duas disciplinas, as quais necessitam de tempo para serem desenvolvidas. Milhares de estudantes reduzem seu contato com estas disciplinas de caráter critico formativo e centenas de professores destas matérias ficam impedidos de lecionar com qualidade devido ao pouco tempo que tem com os estudantes em sala de aula, e também, por muitas vezes, serem obrigados a trabalhar em diversos colégios e em tempos fragmentados para completar sua carga horária de trabalho semanal. Há ainda o temor dos professores de que, na virada do próximo ano, a SEEDUC venha a reduzir a carga horária oferecida para o terceiro segmento do ensino médio (3º ano).

O SEPE se coloca contra a redução da carga horária e na luta pela revisão da grade horário do ensino médio que cada vez mais é modificada em prol de interesses mercadológicos e privatistas impostos por sucessivos governos inimigos da educação pública de qualidade.

Professores da Ed. Infantil, 1o Segmento, 2o Segmento (Ensino fundamental) e Ensino Médio de Cabo Frio


Assembleia do dia 20/08, Relato do Prof. Rômulo


Prezados colegas profissionais da Educação Pública em Cabo Frio, boa noite!

Tomei a liberdade de escrever-lhes hoje persuadido pelo espírito da informação e da esperança.
Esta mensagem objetiva esclarecer alguns pontos sobre uma vitória e uma inverdade. Pretendo não me alongar muito na descrição dos fatos e informar sem vínculos ou vícios partidários, escusos ou ainda interesses particulares, já que o faço de livre e espontânea vontade, de forma sincera e honesta.

Como todos sabemos, fatos de extrema importância tem acontecido na esfera da Educação na cidade e, infelizmente, nem todos podem participar livremente dessas mudanças que visam, em seu cerne, melhorias para os alunos, professores e para toda a sociedade.

A vitória refere-se à aprovação, em sessão na Câmara dos Vereadores no dia 16/08, uma errata ao Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos funcionários públicos de Cabo Frio. Essa errata foi encaminhada de modo a garantir a Isonomia Salarial a todos os funcionários da Prefeitura. Anteriormente, os profissionais da Educação não tinham sido incluídos no novo Plano. Agora, com a aprovação dessa errata, todos os profissionais alocados na Secretaria Municipal de Educação também farão jus, a partir de Janeiro de 2013, ao novo piso salarial municipal no valor de 700 reais, sendo dois salários para os profissionais com nível médio e três salários para os profissionais com nível superior.

Vitória sim, mas não de um agente político do executivo ou do legislativo municipal. Tampouco, vitória ganha por uma única pessoa ou ser político. A vitória foi de toda uma categoria que unida e consciente de seus direitos, pressionando o governo e informando a sociedade, conquistou o primeiro passo para a realização de uma antiga demanda por um salário mais digno.

Entretanto, parece rondar pela cidade um boato, ora atribuído à própria SEME, mas obviamente não confirmada sua origem. O boato tratava do fim da paralisação de 48 horas convocada pelo Sindicato dos Profissionais da Educação da Região dos Lagos (Sepe Lagos) uma vez aprovada a errata na Câmara na última quinta-feira. Afirmo ser inverídico tal boato, já que apenas uma nova assembléia do sindicato (realizada hoje), tem o poder de retirar ou confirmar uma decisão do coletivo de profissionais representados (sejam eles filiados ou não). Acrescento que na Assembléia realizada no dia 08/08, a imensa maioria dos mais de 60 profissionais presentes, após extenso debate e análise da situação, decidiu pela paralisação nos dias 20 e 21 de agosto.

Para quem esteve hoje no Fórum de Discussão realizado pelo Sepe Lagos que debateu a questão do 1/3 de hora atividade e na Assembléia que ponderou a aprovação da errata e os rumos do movimento, peço que complementem e corrijam eventuais erros no meu relato.
O Fórum de hoje tentou elaborar propostas a serem encaminhadas para o Conselho Municipal de Educação, acerca da adequação de Cabo Frio à lei 11.738/2008 que determina o limite máximo de 2/3 da carga horária para atividades com os alunos em sala de aula, além de estipular o piso salarial nacional para a categoria. A partir do ano que vem, os professores da rede deverão cumprir 14 tempos em sala de aula e 6 tempos com preparo de aulas, coordenação, etc. O Fórum tentou elaborar propostas de como e onde realizar os 6 tempos, e, ainda, discutiu a adequação dos 14 tempos aos professores que cumprem 4 e 6 tempos semanais por turma com os alunos. Na falta de deliberação será pedido ao Conselho Municipal de Educação, em reunião que acontecerá amanhã (dia 21/08 às 15h) um prazo de mais 15 dias para que as escolas elaborarem uma proposta.
Já na Assembléia, foram novamente analisados e discutidos os fatos e deliberou-se por manter a paralisação de 48 horas e confirmar o ato na Praça Porto Rocha, com caminhada até a Câmara de Vereadores, amanhã (dia 21/08) às 15 horas; encaminhar proposta de criação de um Centro de Formação aos profissionais da Educação, com sede própria em Cabo Frio; convidar os candidatos à prefeitura para um debate no dia 12/09; e ainda decidiu-se pela realização de uma plenária/seminário no final do ano para planejar as reivindicações no ano de 2013.

Por fim, fica a esperança e uma cobrança. Amanhã iremos comemorar a primeira vitória e cobrar a garantia do direito conquistado com o novo Plano de Cargos. Acontece que todas as despesas municipais (incluindo o pagamento dos salários) precisam estar previstos e aprovados pela Câmara e Prefeitura, na chamada Lei Orçamentária Anual (LOA) que deve ser encaminhada ao plenário da Câmara até o dia 30/09. Apenas com a LOA aprovada, todos os funcionários municipais terão seu direito assegurado a partir Janeiro de 2013.
Sendo assim, encerro essa longa mensagem com um pedido para que todos nós fiquemos de olho, independente de sua filiação político-partidária, ou se você é contratado ou concursado em Cabo Frio.

Trabalhar com Educação é estar sempre na busca e luta por uma Educação Pública de qualidade, que reconheça e valorize seus profissionais.

Uma ótima noite a todos e boa semana de muito trabalho!
Abraços,
Rômulo L Casciano - Professor de Ciências
EM Santos Anjos Custódios/EM Américo Vespúcio

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Atenção, REDE Municipal de Cabo Frio



Decidimos na Assembleia de hoje:
 * sobre a carga horária atividade que uma representação irá pedir ao Conselho Municipal de Educação que as escolas possam discutir por, pelo menos, mais 15 dias uma proposta;
* O sindicato fará um debate com prefeitáveis dia 12 de setembro;
* Faremos uma Plenária no fim do ano para tirarmos nossa luta para 2013;
* Lutaremos por um Centro de Formação para os profissionais da Educação, no município, em prédio próprio;o Rocha
* Mantivemos a paralisação de 48 com ato, conforme combinado na Praça Porto Rocha, amanhã, 15h e com Caminhada até à Câmara dos vereadores.
Vamos à luta!

Aumento do Ideb não está diretamente vinculado à aprendizagem, afirma especialista em educação


“O aumento do Ideb não está diretamente vinculado à aprendizagem. As crianças são mais aprovadas não exatamente porque sabem ou se desenvolveram mais, mas porque o sistema começa a garantir um fluxo escolar melhor.” Essa é a avaliação da coordenadora da área de Educação Formal do Instituto Ayrton Senna, Inês Miskalo, a respeito dos resultados do Ideb 2011, divulgados nesta terça (14) pelo Ministério da Educação (MEC).
Segundo ela, para poder dizer que o país avançou na qualidade da educação, seria necessário  elevar os índices de aprendizagem medidos pela Prova Brasil e pelo Saeb, o que ainda não ocorre de forma satisfatória. Inês avalia que o aumento do Ideb deve-se às melhores taxas de aprovação dos estudantes.”O fluxo escolar pode estar melhorando, mas não necessariamente com bom desempenho”, pondera.
Leia entrevista completa:
Ideb 2011
1ª a 4ª série
A média nacional nas séries iniciais ficou em 5, um aumento de 0,4 ponto em relação a última avaliação, realizada em 2009. Além disso, todos os estados atingiram  suas próprias metas.
5ª a 8ª sérieNas séries finais do ensino fundamental,  a média nacional ficou em 4,1, superando a meta de 3,9. No entanto, seis estados ficaram com notas inferiores às previstas: Alagoas, Roraima, Amapá, Pará, Sergipe e Rio Grande do Sul.
Ensino MédioA média nacional da etapa do ensino que mais sofre com evasão ficou em 3,7. Nesses anos, os dados mostram que o Distrito Federal e mais nove estados tiveram uma piora dos resultados.
Portal Aprendiz – Como a senhora avalia os resultados do Ideb 2011 divulgados pelo MEC?
Inês Miskalo – A evolução deve-se mais ao fluxo escolar, já que os resultados da Prova Brasil estão estabilizados. Não existe uma melhoria do aprendizado do aluno. Portanto, o aumento do Ideb não está diretamente vinculado à aprendizagem. As crianças são mais aprovadas não exatamente porque sabem ou se desenvolveram mais, mas porque o sistema começa a garantir um fluxo escolar melhor. Para poder dizer que o país avança você tem que aumentar o índice de aprendizagem medido pela Prova Brasil e Saeb. As mudanças não representam um salto de aprendizagem. É necessário olhar para os dados que mostram o quanto a criança está ou não lendo melhor, usar a aprendizagem, ou seja, o desenvolvimento no dia a dia.
Aprendiz – Ao que se deve o aumento da aprovação, se não há aprendizagem?
Inês – Alguns fatores: um ciclo que não reprova – e não que reprovar seja necessariamente a solução, não se trata disso –, ou que aprova a criança sem ela saber, ou ainda os casos de abandono da escola no meio do ano por parte daquele aluno que já sabe que será reprovado, por exemplo. É o problema da educação cumulativa. São aquelas dificuldades que a criança traz desde os anos iniciais, e que a leva a concluir a formação com deficiências. Ela vai ser aprovada, mas leva as lacunas da formação inicial, que são reveladas lá nos anos finais. Gera-se um não desenvolvimento cumulativo. Estamos num processo de desenvolvimento da educação básica sem garantir qualidade para esses alunos que transitam nesses anos. O fato do aluno ter chegado ao final do ensino médio não significa que tenha um conhecimento compatível com o que se espera de um aluno daquele ciclo.
Aprendiz – E em casos de aumento do Ideb?
Inês – Muitas vezes, quando o Ideb cresce, é porque os estudantes estão sendo menos reprovados, e não necessariamente aprendendo mais. Pode estar ocorrendo uma exclusão dos que estão piores e aprovação dos que estão melhores, por exemplo. Podemos chegar a uma estagnação do Ideb. O fluxo escolar pode estar melhorando, mas não com bom desempenho. Só que o fluxo é limitante, uma hora deixará de crescer. Já o desempenho, não tem limite. É esse que não conseguimos ainda atacar.
Ideb
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), medido a cada dois anos, é calculado a partir do desempenho dos alunos no Saeb e na Prova Brasil e das taxas de aprovação obtidas pelo Censo Escolar. Criado em 2007, o índice obedece uma escala de 0 a 10, sendo 6 a média dos países desenvolvidos.
Aprendiz – Como os dados podem aprimorar a aprendizagem em sala de aula?
Inês - Precisa pegar a prova Brasil, verificar quais são os descritores, isto é, quais competências foram avaliadas, ler o resultado com o espírito do diagnóstico para poder saber onde se concentram as dificuldades e o que pode ser feito na sala de aula para superar, acompanhando o histórico de cada local em que a prova foi aplicada e sua evolução ao longo do tempo. Cada escola é uma escola, cada turma é uma turma. É preciso reconhecer as especificidades locais. O Ideb não pode ser visto como um fim, mas como um meio diagnóstico para mudar a realidade. Se for visto como rankeamento não serve pra nada. Passada essa fase de divulgação, é necessário que o país se debruce sobre os dados. É preciso ver onde houve crescimento sustentável, se ele é significativo para justificar que na próxima edição esperemos por um resultado diferente – ou não. Essa é a pergunta que tem de ser posta. O país deve observar se esse desempenho mostrado é consistente.

Vencida uma batalha, vamos para a Guerra!



Contribuição por email de Rodrigo

domingo, 19 de agosto de 2012

Vejam email da Coordenação do Estado

Prezados Diretores e Equipes,

Comemorar nosso resultado no IDEB 2011 é uma grande alegria para todos nós.
Avançamos muito e precisamos continuar nosso trabalho com muita dedicação.
Abaixo, vemos nossos resultados na 2ª edição do Saerjinho 2012. As informações são preciosas para planejarmos ações pedagógicas.
Observem que no Ensino Fundamental I nossa meta de ID era 4,8 e alcançamos 5,4.
No Ensino Fundamental II nossa meta do IDERJ era de 2,7 e alcançamos 1,7.
No Ensino Médio nossa meta do IDERJ era de 2,3 e alcançamos 2,2.
Concluimos que nosso Ensino Fundamental II apresenta alto índice de reprovação (IF), assim como no Ensino Médio, o que acarreta resultado baixo no IDERJ.
Precisamos discutir os resultados para traçarmos estratégias que visem a melhoria do desempenho e, consequentemente, reduzam os altos índices de reprovação dos nossos alunos. Reforço que a recuperação paralela visa dar a todos os alunos as chances de melhorar o desempenho escolar.

RESULTADOS BIMESTRAIS - 2012
Os resultados saíram truncados.

Atenciosamente,

Diretor Regional Pedagógico
Regional Baixadas Litorâneas

_________________ X __________________

O  colega repondeu:
Mandei a seguinte resposta.

Ola!!

“Comemorar nosso resultado no IDEB 2011 é uma grande alegria para todos nós.”

Nós Quem??. Tenho visto no semblante dos colegas na escola, como estamos felizes com o desempenho da Seeduc, em relação “Á GRANDE VITÓRIA” alcançada! Constatamos isso com o crédito do nosso “famigerado bônus” (como foi chamado nosso 14º em uma reunião de cobrança, pelo próprio diretor). CADÊ ELE?? O estado não teve um resultado satisfatório? Porque, então, apenas 14 mil receberam e os demais ficaram chupando o dedo? Com o nosso ZERO% de aumento, estamos realmente “muito alegres”.

“Avançamos muito e precisamos continuar nosso trabalho com muita dedicação.”

Avançamos para a beira do abismo? E se dermos um passo à frente? Como acreditar em um trabalho que até os que nos orientam e pedem para fazê-lo não acreditam? Vamos fazer o que se pede pelo “bem do meu, do seu, dos nossos bolsos”. Ou eu estou errado ao dizer que todos fazem isso apenas correndo atrás de uma parte da fatia do bolo que o governo não quer dividir com ninguém? Pena que nem todos nós percebemos que estamos apenas alimentando o fogo que vai nos consumir. Caso contrário, a postura de todo o funcionalismo público seria diferente. Mas, vamos seguindo a cartilha meritocrática: “” É batendo no burro, que a carroça anda. “”.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Vitória dos Profissionais da Educação em Cabo Frio!

E o milagre da eleição esteve ao lado do trabalhador.
Foi votado hoje na câmara em caráter de Urgência a alteração da tabela da Educação.
Em janeiro, de 2013, TODOS os servidores da PMCF terão o mesmo salário base. Profissionais com curso superior terão 3 pisos municipais de 700 reais - R$ 2100,00 iniciais.
Todos os professores terão 14h/aula com alunos e 06h/aula de atividades complementares (coordenação, planejamento, formação, correção de provas..)
Nossa PARALISAÇÃO está mantida, só uma ASSEMBLEIA pode dar os rumos ao nosso movimento.
É uma GRANDE vitória da CATEGORIA!
Vamos à luta, unidos somos fortes!!!

MEC vai propor a fusão de disciplinas do ensino médio


O Ministério da Educação prepara um novo currículo do ensino médio em que as atuais 13 disciplinas sejam distribuídas em apenas quatro áreas (ciências humanas, ciências da natureza, linguagem e matemática).

Mudança é boa, mas difícil de aplicar, dizem educadores
Enem será o modelo do novo currículo, afirma Mercadante

A mudança prevê que alunos de escolas públicas e privadas passem a ter, em vez de aulas específicas de biologia, física e química, atividades que integrem estes conteúdos (em ciências da natureza).

A proposta deve ser fechada ainda neste ano e encaminhada para discussão no Conselho Nacional de Educação, conforme a Folha informou ontem. Se aprovada, vai se tornar diretriz para todo o país.


Educadores entrevistados pela reportagem afirmam que a mudança curricular no ensino médio proposta pelo governo federal é positiva. O problema, segundo eles, será a implementação.

MEC vai propor a fusão de disciplinas do ensino médio
Enem será o modelo do novo currículo, afirma Mercadante

"O currículo hoje é de fato muito fragmentado", afirma o vice-presidente do Consed (conselho que reúne os secretários estaduais de Educação), Klinger Barbosa Alves. "Mas a mudança proposta requer uma série de providências que não são simples."

A principal dificuldade, afirma, é que os atuais professores foram formados em licenciaturas específicas, como física ou matemática.

O novo modelo exigirá que ou o docente saiba mais de uma área ou tenha uma integração forte com os professores das demais disciplinas.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o secretário da Educação de São Paulo, Herman Voorwald, afirmou que "a reformulação do currículo é essencial para aprimorarmos o desempenho dos alunos no ensino médio, cujo avanço é um desafio para o Brasil e para diversos países".

Voorwald diz que discute alterações desde o ano passado com representantes da rede estadual paulista.

Para a diretora executiva da ONG Todos pela Educação, Priscila Cruz, "não há dúvidas" de que a atual organização do currículo afeta a qualidade do ensino médio.

"Hoje o aluno sai sabendo nada de tudo", afirmou.

"O problema é que o currículo fragmentado funciona como uma reserva de mercado para os professores. Vai haver muita resistência contra essa mudança."

Para o doutor em educação Celso Ferretti, "é positivo criar abordagem interdisciplinar". No modelo ideal, diz, deveria haver integração inclusive entre as grandes áreas.

"O aluno deve saber que o laser é uma tecnologia criada para guerra. Ou seja, são conhecimentos de física, de matemática e de história".

Qualquer integração, porém, vai exigir uma profunda reorganização dos colégios, afirma Ferreti. Ele diz que os professores terão de programar as aulas juntos e, por isso, não poderão ganhar apenas para o período de aulas. (FÁBIO TAKAHASHI)


Folha - Como melhorar o ensino médio?
Aloizio Mercadante - A primeira providência é a substituição da Prova Brasil pelo Enem. Hoje o ensino médio é avaliado por uma amostra da Prova Brasil, com 70 mil alunos. O Enem tem 1,5 milhão de inscritos entre os concluintes do ensino médio.

O exame vai ter ainda mais importância com a política de cotas nas universidades federais [deve ser a forma de seleção dos beneficiados].

As escolas públicas passarão a ser cobradas por quantos alunos aprovaram nessas universidades.

O aluno vai deixar de ter alguma matéria com a reforma curricular?
Não. O Enem é estruturado em quatro campos do conhecimento, que concentra as matérias. E será a partir deles que queremos organizar o currículo das escolas. O Enem será o organizador do ensino médio, pois já seleciona para o Prouni, o Fies...

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Divulgação do novo IDEB: realidade nas escolas municipais e estaduais contradizem os resultados divulgados pelo MEC

Durante a tarde de ontem (dia 14/8) e a manhã desta quarta-feira (dia 15/8), os veículos de comunicação divulgaram osresultados do IDEB 2011 (Índice Básico de Desenvolvimento da Educação Básica), mostrando que a educação municipal eestadual no Rio de Janeiro apresentaram avanços. As secretarias municipal e estadual de Educação uitilizaram adivulgação do índice para comemorar a "melhora" dos resultadosMas os profissionais de educação das redes estadual e municipal sabem muito bem o quanto estes índices podem ser enganadores e que os resultados apresentados ontem nãotraduzem a realidade das escolas públicas estaduais e municipais.

Um estudo do professor Nicholas Davies, da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminensemostra bemcomo a falta de investimentos e o descaso para com a educação pública em nosso estado se mantém ao longo dos anos econtinuou na gestão do governador Sérgio Cabral. A pesquisa do professor Nicholas Davies comprova que o número dematrículas na educação básica entre os anos de 2006 e 2009 teve uma queda significativa, o que faz com que o nossoestado possua hoje em dia uma das menores ofertas de escolas públicasficando atrás dos outros estados dasregiões SulSudeste e Centro OesteEnquanto isto, o número de matrículas na rede privadanão por acasoapresentouum crescimento bastante significativoVeja a conclusão do pesquisador:

descompromisso dos governos estaduais do Rio de Janeiro com a educação pública não é de hoje e continuou no atualgoverno. Um indicador disso é a queda significativa do número de matrículas estaduais na educação básica (conceitoquepela Lei de Diretrizes e Bases da Educaçãoabrange desde creche até o ensino médio) em 2009 na comparação com 2006, o que foi acompanhadonão por acasopelo crescimento do número de matrículas na rede privada. Em 2006 asmatrículas estaduais totalizavam 1.490.137 e correspondiam a 35% do total no Estado em 2009  caíram para1.288.756 (- 201.381 ou -13,5%), respondendo por 32,2% do total. Por outro lado, as matrículas da rede privada, de 856.835 em 2006, correspondentes a 20,2% do total, subiram para 877.568 (+ 20.733 ou +2,4%) em 2009 e passaram a deter 21,9% do total.

Em outras palavras, o recuo do Estado na oferta de educaçãoque faz com que ele tenha uma das menores redes emtermos percentuais (a oitava menor do Brasil e a menor das regiões SudesteSul e Centro-Oeste), tem resultado namaior presença da rede privada no Rio de Janeiro, que em 2009 foi em termos percentuais a segunda maior do Brasil (perde para a do Distrito Federal).

No dia 14/8, o MEC divulgou os resultados do IDEB 2011 (Índice Básico de Desenvolvimento da Educação Básica),mostrando que a educação municipal “apresentou avanços”. A SME aproveitou a divulgação do índice para comemorar a "melhora" dos resultadosMas os profissionais de educação da rede municipal sabem muito bem o quanto estes índicespodem ser enganadores e que os resultados apresentados não traduzem a realidade das escolas municipais.

Leia aqui o estudo do professor Nicholas Davies.

Índice não mede a qualidade nem condições de trabalho nas escolas

Para o Sepe, a qualidade na educação é mais do que IDEB, um índice precárioque combina fluxo escolar e desempenhonão leva em consideração as reais necessidades da escola. Um mecanismo que envolvesse os pais e a comunidade paradiscutir a escola como um bem público e que pudessem revindicar suas demandas no poder público seria muito mais bem-vindo.

SME trata as escolas como fábricas e a comunidade como clientes em potenciais. O prefeito Eduardo Paes e aSecretária Cláudia Costin estão querendo pressionar de todas as maneiras para garantir o aumento do IDEB e mostrar sua“eficiência” na educaçãoutilizando esse argumento como plataforma eleitoralÉ mais uma pressão para reforçar apolítica de “aprovação automática” disfarçadaimplementada dentro das escolas e que ajudaria no aumento do IDEB.

secretaria trabalha apenas com dois conceitosforçar o professorado a produzir um IDEB elevadosem efetivamentemelhorar as suas condições de trabalho, e baratear o custo da educaçãoadotando medidas que reforçam a ideia de que, no fim das contasos profissionais da educação são os responsáveis pelos problemas educacionais.


fonte: SEPE-RJ