Na Luta pela Escola Pública

Este blog pretende criar um espaço para informações e discussões sobre Escola Pública na Região dos Lagos, com destaque para o município de Cabo Frio.

O nome “Pó de Giz” é tomado, por empréstimo, do antigo time de futebol dos professores do Colégio Municipal Rui Barbosa. Um colégio reconhecido por sua luta pela educação pública de qualidade. Um lugar onde fervilha a discussão educacional, política e social. Colégio que contribui de maneira significativa na formação de seus alunos, lugar onde se trabalha com o sentido do coletivo.

O " Pó de Giz" é uma singela homenagem a essa escola que tem um "pequeno" espaço educacional, mas corajoso e enorme lugar de formação cidadã.


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Aluna de escola em SC cria página no Facebook para denunciar problemas


Estudante posta fotos e vídeos de portas quebradas, fiações expostas e aulas confusas


RIO - Uma estudante da Escola Básica Municipal Maria Tomázia Coelho, em Florianópolis, faz sucesso na internet ao relatar os problemas que encontra no seu cotidiano. Aluna do 7º ano, Isadora Faber, de 13 anos, posta textos, fotos e vídeos sobre aulas que considera ruins, portas e maçanetas quebradas e fiação elétrica exposta. Estimulada pela família e pelas mensagens que recebe pela rede social, sua página, “Diário de Classe”, já foi curtida por mais de seis mil pessoas desde 11 de julho, quando entrou no ar.

No seu texto de apresentação, a blogueira mirim diz que quer mostrar a verdade sobre a escola pública. Sua primeira denúncia foi sobre a porta do banheiro feminino, que não tinha fechadura. Em seguida, publicou uma foto de um interruptor aberto e escreveu que os alunos juntavam os fios para que o ventilador funcionasse. Depois, vieram bancos quebrados no refeitório, problemas no portão de entrada da escola e até um vídeo gravado durante uma aula de matemática, que mostra uma enorme bagunça.
Em entrevista por telefone, a estudante diz que não imaginava que sua iniciativa fosse causar tanta repercussão na internet. Ela conta que foi motivada pela irmã a contar as situações que enfrentava todos os dias. A menina estuda na unidade desde o 1º ano do ensino fundamental.
- Todo mundo na escola reclamava dos problemas e, conversando com a minha irmã, ela disse que tinha outra menina que tinha uma iniciativa parecida. Comecei a mostrar os problemas e todo mundo em casa me apoiou. Eles disseram que eu estava certa em expôr as coisas - diz Isadora.
Na sua opinião, os maiores problemas são o professor de matemática, que é o protagonista do vídeo da aula, e as várias fiações elétricas expostas que dão choque nos alunos. A estudante afirma que muitos colegas a apoiam na internet, mas não mantém a posição dentro da escola, onde professores e funcionários são contras às suas postagens.
- Ninguém me apoiou dentro da escola, os professores são contra e funcionários também. Eles fazem cara feia para mim, dão indiretas. Meus colegas me apoiam no Facebook, mas na escola não. Acho que eles ficam com medo.
Apesar de ter ficado abaixo da meta estabelecida pelo Ministério da Educação (MEC), a escola de Isadora conseguiu um resultado acima da média da rede municipal de Florianópolis na última edição Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2011. A unidade obteve a nota 4,8, maior do que o 4,6 da média da rede. O objetivo estipulado para 2011 era a nota 5.
As reclamações da aluna já renderam algumas melhorias também postadas na rede social, como a troca de portas e fechaduras. Procurada, a Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis informou que será realizada nesta terça-feira uma reunião com a direção da unidade. Só depois do encontro haverá um pronunciamento oficial sobre o caso.




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