Há pouco mais de um mês na presidência do Conselho Nacional de Educação
(CNE), José Fernandes Lima diz que as escolas públicas precisam conhecer
e debater as diretrizes nacionais para o ensino médio, aprovadas em
janeiro deste ano. “As diretrizes devem provocar a reação da escola”,
diz ele, convencido de que a transformação da etapa final da educação
básica no Brasil só se dará a partir de projetos político-pedagógicos
criados pelas escolas públicas.
“A educação se faz na escola,
na sala de aula, na relação do aluno com o professor. Não adianta a
gente imaginar que essa transformação vai ocorrer por meio de uma lei”,
afirmou José Fernandes, em entrevista à Rede de Comunicadores da
Educação. “Não dá para se fazer no Brasil uma receita única, rígida, que
se aplica a todas as escolas e regiões. Temos de dar sinalizações,
direcionamentos, e apostar no compromisso e na capacidade dos
professores e das escolas”, acrescenta.
Esse papel norteador,
esclarece, é das diretrizes curriculares nacionais para o ensino médio.
“A legislação dá autonomia para as escolas criarem seus projetos
pedagógicos, mas, muitas vezes, elas não se sentem à vontade para essas
mudanças ou não têm informações suficientes. As diretrizes devem
provocar esse debate para que as escolas assumam o compromisso de
melhorar a educação”, diz. O Ministério da Educação envia ainda este ano
as diretrizes para todas as escolas públicas.
Segundo o
presidente do CNE, as diretrizes dão identidade ao ensino médio e
destacam três eixos que devem ser trabalhados simultaneamente no ensino
médio: a preparação para a continuidade dos estudos, a educação básica
para o trabalho e conteúdos para o exercício da cidadania. “A escola
deve dar conta dos conhecimentos científicos, mas as diretrizes deixam
claro que não são únicos. É preciso tratar da relação entre as pessoas e
com o meio ambiente”, explica. Por isso, a importância da formação
continuada dos professores para a atualização de conteúdos.
Para
Fernandes Lima, o ensino médio no Brasil traz muitos desafios, como o
grande número de conteúdos que acabam por engessar o currículo e inibir a
capacidade criativa da escola. Nesse sentido, ele entende que o Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem) é um direcionador, ao exigir mais
raciocínio e menos memorização. “Os vestibulares sempre tiveram o
objetivo de reprovar, o que obriga os alunos do ensino médio a estudar
excesso de detalhes. Isso não é importante para a vida do estudante. Ele
precisa aprender a gostar de estudar, a buscar o conhecimento.”
fonte: MEC
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Na Luta pela Escola Pública
Este blog pretende criar um espaço para informações e discussões sobre Escola Pública na Região dos Lagos, com destaque para o município de Cabo Frio.
O nome “Pó de Giz” é tomado, por empréstimo, do antigo time de futebol dos professores do Colégio Municipal Rui Barbosa. Um colégio reconhecido por sua luta pela educação pública de qualidade. Um lugar onde fervilha a discussão educacional, política e social. Colégio que contribui de maneira significativa na formação de seus alunos, lugar onde se trabalha com o sentido do coletivo.
O " Pó de Giz" é uma singela homenagem a essa escola que tem um "pequeno" espaço educacional, mas corajoso e enorme lugar de formação cidadã.
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
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