Na Luta pela Escola Pública

Este blog pretende criar um espaço para informações e discussões sobre Escola Pública na Região dos Lagos, com destaque para o município de Cabo Frio.

O nome “Pó de Giz” é tomado, por empréstimo, do antigo time de futebol dos professores do Colégio Municipal Rui Barbosa. Um colégio reconhecido por sua luta pela educação pública de qualidade. Um lugar onde fervilha a discussão educacional, política e social. Colégio que contribui de maneira significativa na formação de seus alunos, lugar onde se trabalha com o sentido do coletivo.

O " Pó de Giz" é uma singela homenagem a essa escola que tem um "pequeno" espaço educacional, mas corajoso e enorme lugar de formação cidadã.


segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Estamos todos exaustos!

Nossa ideia de educação está sempre associada, equivocadamente, a quantidade. A questão da qualidade é muito maior que apenas números. O acréscimo de dias letivos não tem relação imediata a qualidade educacional tão almejada por todos.
Os burocratas ficam em suas cadeiras imaginando ações que possam influenciar a realidade da escola, mas eles não estão na ponta desse processo. Nós, professores, que lidamos todos os dias com nossos alunos, temos a dimensão do que é verdadeiramente necessário para que a educação possa melhorar.

Postamos uma carta (Sras e Srs Secretári@s de Educação), aqui no blog, de um professor que diz em cinco passos como TRANSFORMAR a educação deste país. Ele propõe uma revolução e indica, de forma, simples, como atingir esse ideal. E não é aumentando os dias letivos que isso irá ocorrer.

Chegado dezembro, podemos observar nas escolas os inúmeros relatos de cansaço e exaustão expressados por alunos e professores. A sobrecarga do trabalho do professor chega a ser além do limite suportável.

O aumento nos dias letivos que aconteceu em 1996, período de implantação da Lei de Diretrizes e Bases da educação (LDB) veio piorar este quadro de exaustão vivido pelo profisisonal de educação. Imaginamos que a intenção era a de melhorar a educação, mas percebemos que essa melhora não ocorreu. Na verdade, percebemos claramente que a educação no país piorou.

Não temos dúvidas que é necessário aumentar a permanência do aluno na escola, mas esse aumento não deve ser horizontal, e sim, vertical.

A escola de tempo integral é sempre proposta de campanha dos políticos, mas basta que eles sejam eleitos para que, no outro dia, esqueçam dessa promessa. É muito mais fácil colocar alunos e professores trabalhando 20 dias a mais do que investir na construção de escolas.

2 comentários:

  1. ESSE É O GRANDE PROBLEMA! NÃO ESTAMOS FALANDO DE UMA CIDADE, QUE VIVE COM UM PRATO NA MÃO, COMO MENDIGOS, PEDINDO VERBA PARA O GOVERNO FEDERAL E ESTADUAL! SOMOS UMA CIDADE AUTOSUFICIENTE, QUE AINDA ASSIM, RECEBE REPASSES FEDERAIS E ESTADUAIS, E AINDA CONTA COM PROGRAMAS SOCIAIS. MAS, PRA ONDE VAI TODO ESSE DINHEIRO? E, A CONIVÊNCIA DO POVO, QUE SEMPRE OUVE, COMPLACENTE ESSAS PROMESSAS? É COMPLICADO AMIGA, MAS, TEMOS QUE, A CADA DIA, LUTAR CONTRA ESSE MAL QUE NOS ASSOLA, QUE É A FALTA DE CONSIÊNCIA POLÍTICA !!! UM ABRAÇO.

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  2. DESENERGIZADOS DE FIM DE ANO
    Assim como do próprio chicote
    se chibata,
    também, algumas vezes,
    o tiro sai pela culatra.

    Fiz uma enquete mostrando minha preocupação com o(a)s companheiro(a)s e me pego de pesquisador a pesquisado. ontem, dia 06/12/2010 (2ª feira), + uma vez (a 3ª ou 4ª), peguei-me adentrando um hospital ortopédico e saí de lá com uma tipóia e uma fissura em um dos ossos do ombro esquerdo. Seria cômico se não fosse trágico, ver-me estatelado no chão e sem forças para me levantar. Não fosse a gentileza, a nobreza de um jovem estudante de Ensino Médio de um dos mais tradicionais e respeitados colégios estadual de Cabo Frio (o Miguel Couto), estaria lá até agora. E olha que a minha fraqueza não foi de vergonha por estar pagando um "mico", às 07:25h de uma manhã já ensolarada, mas porque o tombo foi, deveras, feio. Não teve viv'alma que tivesse rido da cena. Pelo menos que eu tivesse visto!
    Reflexos dos 200 dias letivos? Da síndrome de BOURNOUT?
    Resumo da ópera: oito (8) dias em casa para me recuperar, excluindo os aproximadamente dois (2)que se perde para providenciar a parte burocrática para o nosso órgão de previdêdncia.
    Concordo em G.:N.: e G.: com tal insatisfação!
    Saudações pedagógicas!!!

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