Na Luta pela Escola Pública

Este blog pretende criar um espaço para informações e discussões sobre Escola Pública na Região dos Lagos, com destaque para o município de Cabo Frio.

O nome “Pó de Giz” é tomado, por empréstimo, do antigo time de futebol dos professores do Colégio Municipal Rui Barbosa. Um colégio reconhecido por sua luta pela educação pública de qualidade. Um lugar onde fervilha a discussão educacional, política e social. Colégio que contribui de maneira significativa na formação de seus alunos, lugar onde se trabalha com o sentido do coletivo.

O " Pó de Giz" é uma singela homenagem a essa escola que tem um "pequeno" espaço educacional, mas corajoso e enorme lugar de formação cidadã.


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Regional III do Sepe irá ao Ministério Público Estadual na terça-feira (dia 8/5) contra presença de policiais nas escolas estaduais

Por entender que a medida anunciada pelo governo do estado de contratar policiais militares para atuarem nas escolas estaduais em seus dias de folga não combina com o ambiente escolar que, por excelência, é espaço de criação intelectual, da aquisição de conhecimentos, do conflito de ideias e, por conseguinte, da liberdade, A Regional III do Sepe (que atua nas áreas do Méier, Engenho de Dentro, Inhaúma e adjacências) entrará na próxima terça-feira (dia 8 de maio), às 10h, com representação no Ministério Público Estadual solicitando medidas dos procuradores que suspendam a contratação dos policiais para atuarem nas escolas.

Presença da Polícia nas escolas de Nova Iorque não funcionou

Para o Sepe, a medida anunciada agora reforça as frequentes denúncias do sindicato sobre o aumento da violência dentro e no entorno do ambiente escolar. Ao invés de contratar profissionais qualificados para lidar com o problema da violência escolar, como psicólogos, orientadores educacionais (cargo extinto nas escolas públicas desde a década de 1990), inspetores de alunos e pessoal de portaria, o governo desvia grande parte das verbas da educação para investimentos junto à iniciativa privada. Agora, quer solucionar a questão com a manutenção de pessoal armado dentro das escolas, o que pode representar um perigo para alunos e profissionais: em Nova Iorque, tal experiência foi realizada, mas não houve redução na violência. Ao contrário, acirrou mais ainda as relações no espaço escolar, subtraindo a autoridade de diretores e professores dentro das escolas e a polícia passou a funcionar como juiz em problemas entre alunos ou entre professores e alunos.

Na última quinzena, a Regional III do Sepe lançou a campanha “Wellington nunca mais”, que visa cobrar das autoridades estaduais e municipais concurso para supervisores pedagógicos, orientadores educacionais, psicólogos e fonoaudiólogos para atuar nas escolas públicas. Estes sim são profissionais qualificados para lidar e encaminhar para tratamento alunos que apresentem problemas de comportamento ou de aprendizagem.

Admitir polícia na escola é admitir a falência da instituição

A medida anunciada pelo governo endossa as freqüentes denúncias que o sindicato vem fazendo ao MP e a toda a sociedade. O governo do Estado ou do município reduziram os gastos com educação além de repassarem à iniciativa privada grande parte da verba que deveria ser gasta com investimentos diretos em escolas e profissionais. A medida tenta substituir a falta de profissionais qualificados nas escolas para lidar com o problema da violência escolar. A admissão de policiais dentro do espaço escolar é também o atestado de falência da escola enquanto um espaço de aprendizagem, orientação e diálogo.

O  espaço escolar é, por excelência, o espaço da criação intelectual, da aquisição de conhecimentos, do conflito de idéias e, por conseguinte, de liberdade. Não criação intelectual e social em ambiente vigiado e marcado pela repressão, ainda que velada. Assim, a presença da repressão na escola significa negar a liberdade. Além disso chamamos a atenção para os riscos que significa a presença de armas nas escolas.

A experiência feita em Nova York, quando policiais passaram a fazer parte do quadro escolar,  provou que não houve redução na violência e ainda acirrou mais ainda as relações no espaço escolar. Esta medida, subtraiu a autoridade de diretores e professores dentro das escolas e a polícia passou a funcionar como juiz em problemas entre alunos ou entre professores e alunos.

O Sepe Regional 3 entregará na próxima terça-feira dia 8, às 10 h representação ao MP exigindo medidas que impeçam que mais este descalabro ocorra em nossas escolas. O caminho para  o resgate da escola pública é o investimento direto em escolas e profissionais, através da valorização profissional e da abertura de concurso de pessoas qualificados no trato com o aluno.

Na última quinzena a Regional 3 lançou a campanha "Wellington nunca mais" que visa cobrar dos governos o concurso para supervisores pedagógicos, Orientadores educacionais, psicólogos e fonoaudiálogos, profissionais qualificados para lidar e encaminhar para tratamento alunos que apresentem problemas comportamentais ou de aprendizagem.

Um comentário:

  1. Eu acho também importante a adição de outros profissionais na escola. Porém a segurança da escola ou do corpo escolar é importante. Face as brigas que acontecem, a depredação,a violência entre professores e alunos. Tem que ter segurança nas escolas sim. E essa medida do governo foi excelente. Também acho que nas escolas municipais tem que ter guardas, nem que seja apenas guardas municipais. Não é conversando com aluno que ele vai deixar de traficar na escola e com o feeling que o guarda têm pode ajudar sim.

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