Na Luta pela Escola Pública

Este blog pretende criar um espaço para informações e discussões sobre Escola Pública na Região dos Lagos, com destaque para o município de Cabo Frio.

O nome “Pó de Giz” é tomado, por empréstimo, do antigo time de futebol dos professores do Colégio Municipal Rui Barbosa. Um colégio reconhecido por sua luta pela educação pública de qualidade. Um lugar onde fervilha a discussão educacional, política e social. Colégio que contribui de maneira significativa na formação de seus alunos, lugar onde se trabalha com o sentido do coletivo.

O " Pó de Giz" é uma singela homenagem a essa escola que tem um "pequeno" espaço educacional, mas corajoso e enorme lugar de formação cidadã.


sábado, 12 de novembro de 2011

Desenvolvimento?

O Brasil avançou uma posição, em relação a 2010, no ranking do ‘Índice de Desenvolvimento Humano’. É o 84º entre 187 países. O avanço lento resulta da falta de investimento na educação e saúde. Os valores variáveis, medidos pelo indicador da ONU, são a expectativa de vida, anos médios de estudo e renda nacional bruta.

Enquanto a renda nacional per capita teve crescimento de 32 %, de 2000 a 2011, na educação os anos médios de estudo dos cidadãos, acima de 25 anos, teve um crescimento de 28,6 %, no mesmo período. A expectativa de vida escolar caiu de 14,5 para 13,8 anos. Na saúde, a possibilidade de vida ao nascer passou de 70,1, em 2000, para 73,5, em 2011. O progresso na educação e na saúde foram menores do que os avanços na renda, razão de uma desigualdade social que nosso país não consegue superar.

Alunos não têm as ferramentas básicas para prosseguirem nos estudos. Falhas na alfabetização são gritantes. Mais de 40 % dos alfabetizados não sabem ler e escrever. Boa parte sai da escola antes de terminar o Ensino Fundamental. Desperdiçamos a força jovem sem ver o custo econômico, sem permitir terem renda e que sejam trabalhadores capacitados.

Não temos o que comemorar. Os contrastes no país são assustadores. As elites econômica e política urbanizaram-se, mas não se civilizaram. Apesar do exercício democrático, muitos brasileiros estão longe de uma vida digna. Nossa República e cidadania deixam a desejar. Os dirigentes se esquecem que desenvolvimento não é um processo somente econômico, mas um processo econômico-cultural que só será alcançado quando a educação deixar de estar à retaguarda do crescimento. Urge a criação de uma cultura que não seja o privilégio de alguns, mas a possibilidade de gerar justiça e igualdade.

Carlos Alberto Rabaça é sociólogo e professor

Um comentário:

  1. Com esse nível de mão de obra que o governo está obrigando os colégios públicos a vomitarem no mercado, os imigrantes, seja europeu ou sulamericano vão TOMAR os melhores postos disponíveis. Já esta claro isso, não só nos jornais , mas na realidade. Olha os melhores cargos do ramo petroleiro quem está neles? E de acordo com a Folha de SP de hj, vem muito dentista, médico e outras categorias por aí. E a chibata da GIDE contribuindo ainda mais para isso.
    Mônica Campos.
    Itaperuna. RJ.

    ResponderExcluir