Na Luta pela Escola Pública

Este blog pretende criar um espaço para informações e discussões sobre Escola Pública na Região dos Lagos, com destaque para o município de Cabo Frio.

O nome “Pó de Giz” é tomado, por empréstimo, do antigo time de futebol dos professores do Colégio Municipal Rui Barbosa. Um colégio reconhecido por sua luta pela educação pública de qualidade. Um lugar onde fervilha a discussão educacional, política e social. Colégio que contribui de maneira significativa na formação de seus alunos, lugar onde se trabalha com o sentido do coletivo.

O " Pó de Giz" é uma singela homenagem a essa escola que tem um "pequeno" espaço educacional, mas corajoso e enorme lugar de formação cidadã.


sábado, 28 de junho de 2014

À flor da pele: por 41 votos termina a Greve da Educação no Rio de Janeiro





























Depois de muita luta de rua com marchas, intervenções e conscientização da população por meio de aulas públicas e panfletagem, os professores da rede estadual e municipal do Rio de Janeiro decidiram em assembleia pela finalização da greve que começou no dia 12 de maio. A categoria que já tem longa data de vigília nos órgãos institucionais para garantir a melhoria na educação reivindica reajuste salarial de 20%, um terço da carga horária para planejamento de aula e redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais.
Sem respostas governamentais ou negociações abertas, a luta dos professores vem sendo criminalizada e os grevistas começaram a receber ameaças e pedidos de exoneração dos cargos. Segundo o sindicato, o governo estadual e municipal está tentando demitir mais de 300 trabalhadores grevistas.
Na última quarta-feira, 25 de junho, uma votação na ALERJ aprovou reajuste de 9% no salário e o fim dos inquéritos investigativos. Entretanto, para oficialização da emenda ainda é necessária a aprovação do governador Pezão. Já na Câmara Municipal a audiência marcada para a tarde de hoje não aconteceu e o co-secretário da Secretaria da Educação, enviou uma mensagem de texto aos diretores do SEPE informando que os 63 processos de exoneração aos professores municipais seriam retirados. Porém, não há garantia de que esse acordo informal seja cumprido.
Votação
A assembleia unificada que aconteceu no Clube Hebraica, em Laranjeiras, reuniu mais de 1000 professores da capital e interior. Com disputa acirrada, a votação pela continuidade da greve dividiu as opiniões e a contagem dos votos fechou com 601 a favor da suspensão, 560 para a manutenção e 25 de abstenções.
A base da categoria pedia a continuidade e denunciava a presença de “figurantes” com direito a voto. Segundo alguns grevistas também votaram professores aposentados e alguns profissionais que não aderiram a greve. "A greve cumpre um papel histórico na nossa categoria, que é o de arrancar a máscara dos diretores e dirigentes do sindicato", disse Roberto Alves Simões, um dos poucos diretores do SEPE que defendia a permanência da greve.
Próximos passos
O fim da greve não significa o fim da luta. A intensidade e o aprofundamento dos profissionais da educação em atos e manifestações uniu a categoria. “Saímos dessa greve mais maduros e unidos, preparados para continuar na luta!”, afirma grupo que debatia ao fim da assembleia.
Após o final da votação a sessão se estendeu por cerca de mais uma hora e meia quando foi definido a próxima assembleia para dia 7 de julho e a não reposição das aulas até a reunião de negociação. Professores da base que participam do movimento também estão se organizando para as eleições do sindicato, que acontecem no próximo ano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário