Em plena ditadura,
professores fizeram greve e
enfrentaram forças de segurança
Lideres do movimento de 1979
foram presos e sede da entidade da categoria foi lacrada
Em 1979, no ocaso da ditadura
militar, os professores do Rio desafiaram o regime e entraram em greve.
Reunidos em assembleia, em 11 de março, decidiram parar em oposição a uma
proposta do governador Faria Lima que, entre outras medidas, aumentava a carga
horária de 12 para 20 horas semanais. No dia 15, Chagas Freitas tomou posse no
governo do Estado e prometeu negociar com a categoria em, no máximo, dois
meses.
A greve foi encerrada no dia
24 de março. Mas as negociações com o governo do Estado não prosperaram e os
professores voltaram a parar, em 1° de agosto. O movimento foi declarado ilegal
e alguns professores foram presos no Rio e em Duque de Caxias. Mesmo assim, os
protestos prosseguiram, com passeatas e piquetes, muitas vezes dispersados com
jatos de água. O Dops lacrou a sede do sindicato dos professores e prendeu os
líderes do movimento, ameaçados de serem processados com base na Lei de
Segurança Nacional.
Em 24 de agosto, os
professores decidiram encerrar a paralisação e voltaram ao trabalho. Em
dezembro, receberam o reajuste prometido pelo governo. Com o aumento, o piso da
categoria passou a equivaler a cinco salários-mínimos, enquanto o piso dos
servidores foi para 3,5 mínimos.
Fonte: O Globo
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