Na Luta pela Escola Pública

Este blog pretende criar um espaço para informações e discussões sobre Escola Pública na Região dos Lagos, com destaque para o município de Cabo Frio.

O nome “Pó de Giz” é tomado, por empréstimo, do antigo time de futebol dos professores do Colégio Municipal Rui Barbosa. Um colégio reconhecido por sua luta pela educação pública de qualidade. Um lugar onde fervilha a discussão educacional, política e social. Colégio que contribui de maneira significativa na formação de seus alunos, lugar onde se trabalha com o sentido do coletivo.

O " Pó de Giz" é uma singela homenagem a essa escola que tem um "pequeno" espaço educacional, mas corajoso e enorme lugar de formação cidadã.


quarta-feira, 30 de março de 2011


Desde o dia 17 de março o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) e o Instituto Benjamin Constant (IBC) têm seus colégios ameaçados de serem fechados pelo MEC até dezembro. A intenção do Ministério é transformar os dois Institutos em pólos para dar apoio aos alunos que seriam "incluídos" nas redes municipal e estadual. Apesar do bonito nome, a política de "inclusão" do MEC nada tem de progressista, uma vez que não há capacitação dos professores das redes para receberem esses alunos, não são oferecias as condições básicas de sociabilidade para os estudantes portadores de necessidades especiais (no caso dos surdos, por exemplo, seus colegas de turma não aprendem Libras e não poderiam dialogar com eles) e, com essa medida, seriam extintos os espaços de produção de conhecimentos e práticas pedagógicas (o INES e o IBC) que poderiam subsidiar o trabalho nas escolas que já contam com alunos "incluídos".

Na verdade, o que está por trás desse ataque aos Institutos são os cortes de gastos do orçamento federal - como forma de compensar as benesses recebidas pelos grandes empresários nos últimos anos para escaparem da crise econômica -, bem como a vontade do governo brasileiro de integrar o Conselho de Segurança da ONU, que faz com que o país tenha que se adequar às diretrizes educacionais - dentre as quais, a "inclusão" - da Organização das Nações Unidas.

Servidores do INES e do IBC, bem como as comunidades servidas pelos dois Institutos, já tem começado a se articular para resistir a essa medida arbitrária do MEC, que não foi discutida com as respectivas comunidades escolares, apenas imposta autoritariamente. Nesse sentido, contamos com o apoio de todos os companheiros do Fórum e suas respectivas organizações (sindicatos, CA's, grêmios, etc). Para subsidiar as futuras discussões, envio, abaixo, uma nota aprovada hoje pela ASSINES, a Associação dos Servidores do INES, Seção Sindical do SINASEFE (Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Federal Básica, Profissional e Tecnológica). Por favor, divulguem em todos os meios possíveis.

por email:
Marco M. Pestana
Professor de História do INES

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