Na Luta pela Escola Pública

Este blog pretende criar um espaço para informações e discussões sobre Escola Pública na Região dos Lagos, com destaque para o município de Cabo Frio.

O nome “Pó de Giz” é tomado, por empréstimo, do antigo time de futebol dos professores do Colégio Municipal Rui Barbosa. Um colégio reconhecido por sua luta pela educação pública de qualidade. Um lugar onde fervilha a discussão educacional, política e social. Colégio que contribui de maneira significativa na formação de seus alunos, lugar onde se trabalha com o sentido do coletivo.

O " Pó de Giz" é uma singela homenagem a essa escola que tem um "pequeno" espaço educacional, mas corajoso e enorme lugar de formação cidadã.


quarta-feira, 2 de março de 2011

Governo estadual retalia manifestações e pune professor mas pressão derruba censura da Seeduc


O Sepe denunciará junto ao Ministério Público Estadual e à Comissão de Educação e Cultura da Alerj a repressão sofrida pelo professor de Filosofia Mauro Célio da Silva, do Colégio Estadual Leopoldina da Silveira (Bangu), que recebeu uma carta de advertência da direção da escola por ter entrado em contato com a imprensa e com o sindicato para denunciar as péssimas condições nesta unidade educacional. Mauro Célio da Silva, que trabalha há três anos no colégio, foi chamado pela direção nesta manhã para receber uma carta de advertência. O motivo alegado pela diretora da escola e, depois, confirmado à direção do Sepe pelo subsecretário de Gestão Escolar da Secretaria de Estado de Educação (SEEDUC), Antônio Neto, foi a de que o “professor não deveria ter acionado a imprensa e o sindicato sem, antes, comunicar a Secretaria de Educação os problemas pelos quais a escola estava passando”. Ontem, Antônio Neto havia se reunido com uma comissão de profissionais e alunos da escola e garantiu que não haveria repressão ao movimento, além de agendar uma visita à escola para o início da tarde de hoje (dia 1º).

O Sepe entende que a advertência ao profissional de educação, com base no estatuto do servidor que data de 1979 (portanto, em pleno período da ditadura militar), que nada mais fez do que tornar público um problema que afeta centenas de alunos e dezenas de profissionais que trabalham no CE Leopoldina da Silveira (turmas superlotadas, calor excessivo nas salas de aula por causa da falta de climatização, prédio necessitando de reformas urgentes), é uma tentativa de calar a boca dos integrantes da comunidade escolar, com a utilização de métodos que remontam aos tempos da repressão do regime militar.

O sindicato também vai questionar a alegação da SEEDUC de que o professor nem o sindicato poderiam trazer para a escola a imprensa. Desde o ano passado, depois que o governo do estado publicou um decreto proibindo a entrada de equipes de reportagem nas escolas da rede estadual, o sindicato conseguiu uma liminar da Justiça, derrubando o decreto do governador e garantindo o livre acesso da imprensa às dependências das unidades estaduais.

Para entender o problema nas escolas de Bangu:
Alunos e profissionais de educação dos Colégios Estaduais Bagu e Leopoldina da Silveira realizaram um protesto na Secretaria Estadual de Educação na manhã de ontem (dia 28) para exigir da SEEDUC melhores condições nas duas unidades. Na semana passada, os alunos realizaram protestos nestas escolas por causa do calor excessivo, agravado pela grande quantidade de alunos em sala de aula e pela falta de equipamentos de climatização. No Colégio Estadual Bangu, a queixa de alunos e profissionais é que o governo do Estado instalou equipamentos de climatização, mas os aparelhos não funcionam. No Leopoldina da Silveira, até hoje as obras para a instalação de aparelhos de ar condicionado não foram inicadas e, por falta de reformas, as salas de aula funcionam com um número excessivo de alunos o que piora o problema do calor. Os manifestantes ficaram na porta da SEEDUC até que foram recebidos pelo subsecretário de Gestão Escolar, professor Antonio Neto, que tinha garantido que o governo do estado não iria promover retaliações contra os manifestantes, além de afirmar que iria visitar a escola nesta terça-feira, às 13h, para verificar os problemas denunciados por alunos e profissionais de educação.

Pressão da categoria derruba censura da Seeduc a professor

A direção do Sepe acaba de ser informada pelo subsecretário de Gestão Escolar da Secretaria Estadual de Educação (Seeduc), Antônio Neto, que foi cancelada a carta de advertência ao professor de Filosofia Mauro Célio da Silva do Colégio Estadual Leopoldina da Silveira (Bangu). Ele recebeu a advertência da direção do colégio por ter denunciado à imprensa as péssimas condições da unidade. Na semana passada, os alunos realizaram protestos nestas escolas por causa do calor excessivo, agravado pela grande quantidade de alunos em sala de aula e pela falta de equipamentos de climatização. Pela manhã, a Seeduc havia endossado a advertência ao professor feita pela direção da escola. O sindicato avalia que a pressão da categoria fez o governo recuar na censura ao profissional.

Integrantes da comunidade escolar prometem usar mordaças na audiência pública amanhã na Alerj, às 10h, em protesto contra a censura ao professor. A audiência, que terá a presença do secretário de Estado de Educação, Wilson Risolia, vai discutir o plano de metas do governo.

No Leopoldina da Silveira, até hoje as obras para a instalação de aparelhos de ar condicionado não foram iniciadas e, por falta de reformas, as salas de aula funcionam com um número excessivo de alunos o que piora o problema do calor. Já no Colégio Estadual Bangu, a queixa de alunos e profissionais é que o governo instalou equipamentos de climatização, mas os aparelhos não funcionam.

O Sepe entende que a tentativa de advertir o profissional de educação, com base no estatuto do servidor que data de 1979 (portanto, em pleno período da ditadura militar), é uma tentativa de calar a boca dos integrantes da comunidade escolar. Afinal, o professor nada mais fez do que tornar público um problema que afeta centenas de alunos e dezenas de profissionais que trabalham no CE Leopoldina da Silveira (turmas superlotadas, calor excessivo nas salas de aula por causa da falta de climatização, prédio necessitando de reformas urgentes).

fonte: SEPE regional 04

4 comentários:

  1. OLÁ MEUS COLEGAS ,
    EXCELENTE MATÉRIA POSTADA !
    COLOQUEI ESTA INFORMAÇÃO NO MEU BLOG , PARA QUE MEUS ALUNOS ESTEJAM CIENTES DO QUE É FALAR A VERDADE DENTRO DO MEIO POLÍTICO .
    PARABÉNS !
    PROFª ROZANE
    GINASTICAVIVOCOMSAUDE.BLOGSPOT.COM

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  2. É verdade, Rozane. É nosso papel ensinar nossos alunos a lutar pelos seus direitos. Parabéns aos colegas professores e à coragem desses alunos.
    Estou orgulhosa deles.

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  3. OLÁ QUERIDOS , NOVAMENTE !!!
    FALO DE MEUS ALUNOS E ALUNAS COMO SE FOSSEM CRIANÇAS E ADOLESCENTES , PQ PRA MIM ELES O SÃO , MAS PERCEBAM PELAS FOTOS NO BLOG QUE SÃO JOVENS SENHORAS E SENHORES , QUE NATURALMENTE SÃO MÃES ,PAIS , AVÓS E AVÔS QUE ESTÃO SE INFORMANDO SOBRE PARTE DE UMA JUVENTUDE FANTÁSTICA QUE LUTA POR IDEAIS DE MELHORIA PARA NOSSA CLASSE NO GERAL .
    UM FORTE ABRAÇO ,
    PROFª ROZANE

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  4. Maurinho, meu querido, força sempre! É por estas e outras que me orgulho de já ter trabalhado contigo!!!!

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