Na Luta pela Escola Pública

Este blog pretende criar um espaço para informações e discussões sobre Escola Pública na Região dos Lagos, com destaque para o município de Cabo Frio.

O nome “Pó de Giz” é tomado, por empréstimo, do antigo time de futebol dos professores do Colégio Municipal Rui Barbosa. Um colégio reconhecido por sua luta pela educação pública de qualidade. Um lugar onde fervilha a discussão educacional, política e social. Colégio que contribui de maneira significativa na formação de seus alunos, lugar onde se trabalha com o sentido do coletivo.

O " Pó de Giz" é uma singela homenagem a essa escola que tem um "pequeno" espaço educacional, mas corajoso e enorme lugar de formação cidadã.


quarta-feira, 23 de março de 2011

Notícias do mestrado

No momento, só Matemática

A modalidade mestrado à distância no Brasil ainda é vista pelas IES públicas com muita desconfiança e só a UAB já vem oferecendo esse tipo de mestrado na área de Matemática. Em relação ao conceito e a funcionalidade do "mestrado profissional", temos que é "Voltado especialmente para os que desejam dominar metodologias de pesquisa e aprofundar conhecimentos específicos de sua área de atuação, mas com foco no mercado de trabalho. O diploma também dá direito a seguir carreira acadêmica. Sua duração é de dois anos, em média. Esse tipo de mestrado acaba reunindo profissionais de uma mesma área de atuação - o que permite grande troca de experiências práticas. Mas o meio é acadêmico e, aí, valores como a qualidade e a exatidão das informações são essenciais, tanto nos diálogos com professores e orientadores, quanto na elaboração e apresentação dos trabalhos. Em algumas universidades, o aluno pode ser convocado para atividades programadas, como estágio."

Conversando com a Professora Ângela Rocha, decana do CCMN/UFRJ no último biênio, sobre as diferenças entre o mestrado tradicional e o profissional, de forma resumida, informo que o segundo deve resultar num produto, ou seja, enquanto o tradicional resulta numa dissertação, o outro, além da dissertação deve também resultar, na prática, naquilo que a dissertação levantou.
Em relação à proposta da CAPES, ela se enquadra no seminário "Para além da academia – a pós-graduação a serviço da sociedade", realizado em março/abril passados no campus da Unifesp pela Diretoria de Avaliação, com a finalidade de definir melhor as metas e meios do Mestrado Profissional. As áreas favorecidas com a criação de mestrado profissional são: Arquitetura e Urbanismo, Ciência da Computação, Ciência Política, Ciências Agrárias, Ciências Biológicas II, Ciências Biológicas, Ciências Sociais Aplicadas I, Ecologia e Meio Ambiente, Economia, Enfermagem, Engenharias, Ensino de Ciências e Matemática, Farmácia, Fisioterapia/Educação Física, Matemática/Probabilidade e Estatística, Medicina, Odontologia, Planejamento Urbano/Demografia, Saúde Coletiva, Serviço Social, Zootecnia/Recursos Pesqueiros.
Ainda segundo a CAPPES, "A principal diferença entre o Mestrado Acadêmico(MA) e o Mestrado Profissional (MP) é o produto, isto é, o resultado almejado. No MA, pretende-se pela imersão na pesquisa formar, a longo prazo, um pesquisador. No MP, também deve ocorrer a imersão na pesquisa, mas o objetivo é formar alguém que, no mundo profissional externo à academia, saiba localizar, reconhecer, identificar e sobretudo utilizar a pesquisa de modo a agregar valor a suas atividades, sejam estas de interesse mais pessoal ou mais social. Com tais características, o MP aponta para uma clara diferença no perfil do candidato a esse mestrado e do candidato ao mestrado acadêmico."

Sobre o financiamento, o projeto da CAPES, fala que:
"Financiamento: Pela interpretação dominante da Constituição Federal, o MP faz parte da educação regular e, portanto, não pode ser cobrado dos alunos de IES públicas. Contudo, a Capes desde o primeiro ato a respeito tem afirmado que o MP tem vocação para o auto-financiamento. Entende-se que, agregando valor ao aluno, o MP é altamente rentável para este ou para a entidade na qual ele trabalha, e que não é justo financiar uma apropriação privada de conhecimento científico com
recursos das IES públicas. De todo modo, há decisões do Conselho Nacional de Educação confirmando que nas IES públicas os MPs podem ser financiados por fontes externas, como empresas ou órgãos do governo, mediante convênios com a
Instituição de Ensino Superior, desde que o ônus não recaia sobre o aluno. Se a limitação legal à cobrança dos alunos de MP torna mais difícil a implantação dos mesmos em IES públicas do que em privadas, deve-se, porém, observar que há experiências muito bem sucedidas das primeiras. A exigência de que a cada edição (semestral, anual ou bienal) do MP em IES públicas se negocie o financiamento para o curso que será ministrado favorece propostas de maior fôlego. No caso, cada edição do MP pode – por exemplo – somar-se a uma consultoria sobre pontos de estrangulamento e de possível desenvolvimento num setor social da administração pública (ou público nãoestatal), gerando: a) um diagnóstico de seus principais
problemas, b) a orientação dos alunos do MP para a solução desses problemas, c) eventualmente, a formação, além dos mestres profissionais, de técnicos de nível médio que contribuam para a sedimentação dos resultados alcançados. Assim, pode-se gerar, por economia de escala, ganhos de eficiência e de estratégia numa parte do aparelho de Estado ou das organizações não estatais voltadas para o bem público."

Mensagem postada pelo prof. Jeferson - Comunidade Orkut dos professores do Estado do Rio de Janeiro

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