Na Luta pela Escola Pública

Este blog pretende criar um espaço para informações e discussões sobre Escola Pública na Região dos Lagos, com destaque para o município de Cabo Frio.

O nome “Pó de Giz” é tomado, por empréstimo, do antigo time de futebol dos professores do Colégio Municipal Rui Barbosa. Um colégio reconhecido por sua luta pela educação pública de qualidade. Um lugar onde fervilha a discussão educacional, política e social. Colégio que contribui de maneira significativa na formação de seus alunos, lugar onde se trabalha com o sentido do coletivo.

O " Pó de Giz" é uma singela homenagem a essa escola que tem um "pequeno" espaço educacional, mas corajoso e enorme lugar de formação cidadã.


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Manobra governista na Alerj contra a Educação estadual do RJ.

O governo continua a tentativa de vencer os profissionais da educação pelo cansaço, mais uma vez a votação das nossas reinvidicações foi adiada.

Essa manobra evidencia o descaso do governo e dos deputados da bancada governista para com a educação pública, prejudicando os alunos e os profissionais da educação, negando um aumento emergencial de apenas 26% e a incorporação integral do Nova Escola.

Até quando a população vai se omitir e aceitar essa situação vergonhosa? Será lícito gastar bilhões em função de eventos esportivos à custa do miséria do funcionalismo público? Por que a economia, deve ser feita só na área da educação, saúde e segurança?

Por que o Estado não reduz custos na publicidade? Não revoga as milionárias isenções fiscais concedidas à empreiteiros e empresários? Por que, parte significativa dos parlamentares, está se omitindo, e demagogicamente apoiam um aumento de 6,71%? E por que, os deputados que estão tão preocupados em não estourar o orçamento, não abdicam dos seus polpudos salários e de suas mordomias? Por que o governador, em um gesto de boa vontade para ecomizar, não dá o exemplo, reduzindo o próprio salário? Por que a economia tem que ser feita somente em cima dos miseráveis salários dos funcionários da educação e dos bombeiros?

Não queremos esmolas, queremos é um salário digno, compatível com as funções de utilidade e de responsabilidade que executamos.

Não podemos aceitar essa atuação vergonhosa e covarde daqueles que foram eleitos para defender os interesses do povo, mas esquecendo-se do sagrado compromisso compactuam com esses atos de mesquinhos e arbitrarios do governador. Serão esses senhores meros conselheiros à serviço do poder absoluto? Estará o Estado do Rio de Janeiro retrocedendo no tempo e adotado o absolutismo como sistema de governo?

Desde o dia, 7 de junho, estamos lutando por míseros 26%, temos sido vítima de todo o tipo de pressão e retaliação por parte do Estado, desde o corte de ponto até a ameça da perda de turmas, entre outras.

A qualidade da educação pública fluminense encontra-se em um estado lamentável e não temos o apoio da população, cabendo a nós profissionais da educação, lutar sozinhos para garantir o futuro dos nossos jovens, para garantir mão-de-obra qualificada para o crescimento econômico do estado e também para formarmos cidadãos.

Somos uma categoria profissional em extinção, a nossa luta quixotesca e solitária, é um brado de alerta para a juventude que a previne e alerta para FUGIR DO MAGISTÉRIO, pois todos estão vendo que ninguém nos dá valor e uma vida de necessidades crônicas, é tudo o que essa careira pode oferecer.

A classe média, que se omite por não precisar da educação pública, está cometendo um erro, pois o mesmo docente que leciona na rede pública é o mesmo que serve a iniciativa privada. Logo, logo a rede privada vai sentir na carne a falta de docentes, pois essa é uma careira que está sendo recusada pela juventude. Não se iludam quanto a excelência da rede privada de ensino, como toda empresa, sua grande preocupação é com a margem de lucro e o corte se dá exatamente no salário do professor. Várias escolas tradicionais e grandes redes da iniciativa privada, estão atoladas em processos na justiça pelo não pagamento do salário dos professores. Esse calote é ainda maior nas instituições privadas de nível superior. Falo com conhecimento de causa, pois estou com processos contra uma tradicional escola da zona sul e de uma faculdade, tentando recuperar salários que não foram pagos, depósitos do fundo de garantia e do INSS.

Não temos nem o consolo de nos alegrarmos quando um aluno ou aluna, nos diz querer seguir o magistério, porque seria uma irresponsabilidade incentivar esse desejo, pois trabalhamos para o sucesso dos nossos alunos e não para condená-lo a um futuro de exploração. O MAGISTÉRIO é uma profissão que atualmente, não deve ser recomendada a ninguém.

Só nos resta tentar sensibilizar os deputados para que amanhã (ou seja lá quando Deus quizer), ao votarem a pauta das nossas reivindicações lembrem-se da sua condiçao temporária, de representates do povo

por email, Prof.Omar Costa

Um comentário:

  1. É porque os deputados e o governador kagam e andam
    para a educação do povo e o povo deveria fazer aki no rio igual em londres quebar e saquear tudo todo dia ate acabar com essa safadeza e corrupção.
    cambada de vagabundo safado, ladrao...

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