Descaso, Descompromisso, Incompetência e Interesse Político

Por que os governos não dão a mínima para o trabalho pedagógico desenvolvido pelas escolas?

Muitas são as razões para desmontar a escola pública.

Uma das respostas a essa pergunta pode ser o interesse privado na decadência do ensino público. Outra é o interesse pessoal que nossas crianças não saiam da condição de analfabetos políticos, pois "eles" estão sendo eleitos e reeleitos com enorme facilidade.

Mas nossa indignação hoje é pontual.

É sério e muito grave o boicote político que fazem com as escolas que se posicionam contra a falta de política pública em noss@ cidade/estado/país. A essas escolas "rebeldes" são reservados pequenas maldades.

Como ex-diretora do C.M. Rui Barbosa presenciei funcionário da SEME me dizer que, se eu desejasse algum material, por exemplo, de escritório, que outra pessoa da escola fosse à SEME buscar, pois a ORDEM dada era que "a diretora do RUI não deveria sair daqui com NADA". Mera retaliação por minha postura de enfrentamento e questionamento às "determinações" da secretaria.

Agora, o CM Rui Barbosa está SEM supervisão em todo o terceiro turno e em algumas turmas do 2º turno. A profissional lotada na escola tem posicionamento coerente com sua concepção de Educação e com a filosofia do Projeto Político-Pedagógico da escola, mas não tem postura subserviente e agradável ao governo, então, NÃO interessa ao governo.

Exemplo disso foi a DOBRA oferecida a antiga supervisora, IMEDIATAMENTE, assim que a profª Eloísa saiu de licença prêmio no ano passado.

TUDO TÃO SIMPLES, TÃO RÁPIDO, pois "interessava" ao governo.

Mas agora, entre ficar SEM supervisão e ter uma pessoa que não comunga com os interesses do governo, optaram pela primeira opção.

Não podemos nos calar diante de tal atitude! A resposta dada ao colégio de que nos momentos "pontuais" (entenda-se trabalho braçal - CoCs) será autorizada aula extra é assinar o descompromisso com a rotina pedagógica.

É muito desconhecimento profissional! É muito descaramento do "não quero nem saber"!

Muito melhor seria se assumissem que EDUCAÇAO não faz parte das prioridades da secretaria de educação!

Que a direção se pronuncie, que o Conselho Escolar se reúna extraordinariamente, se for caso, mas que esta escola que tanto nos orgulha por seu posicionamento, não se cale.

Não nos esqueçamos que colheremos no próximo ano a falta de acompanhamento durante este ano letivo.