Na Luta pela Escola Pública

Este blog pretende criar um espaço para informações e discussões sobre Escola Pública na Região dos Lagos, com destaque para o município de Cabo Frio.

O nome “Pó de Giz” é tomado, por empréstimo, do antigo time de futebol dos professores do Colégio Municipal Rui Barbosa. Um colégio reconhecido por sua luta pela educação pública de qualidade. Um lugar onde fervilha a discussão educacional, política e social. Colégio que contribui de maneira significativa na formação de seus alunos, lugar onde se trabalha com o sentido do coletivo.

O " Pó de Giz" é uma singela homenagem a essa escola que tem um "pequeno" espaço educacional, mas corajoso e enorme lugar de formação cidadã.


quinta-feira, 16 de junho de 2011

Denúncias de fraude no concurso de magistério da prefeitura de Belford Roxo

Meu nome é Claudia Márcia Alves Corrêa e gostaria de denunciar uma sucessão de artimanhas e manobras ilegais por parte da Prefeitura de Belford Roxo, município localizado na Baixada Fluminense, contra os concursados de Magistério.

Após concurso realizado pela prefeitura do citado município para seleção de professores, com prova ministrada em 31/01/2011 e resultado final divulgado em 08/04/11, nós, candidatos classificados, nos vimos enredados numa teia de manobras intermináveis para que não pudéssemos exercer nosso direito líquido e certo de sermos empossados no cargo para o qual prestamos prova e fomos aprovados e classificados, porém, a prefeitura nos nega sistematicamente tal direito buscando de todas as formas evitar nossa nomeação, preferindo, através de atitude ilegal, diga-se de passagem, contratar professores apadrinhados, digo (perdoem-me o ato falho) selecionados através de análise curricular. Creio eu que tais “escolhidos” devem ter currículos fantásticos, pois eles são tão fenomenais que sequer figuram na lista de classificados no concurso, devem ser de tão extrema competência e capacidade inegável que, sequer, necessitam ter seus conhecimentos testados por uma pífia prova como nós pobres mortais que nos submetemos a mesma.

Eu devo ser justa e dizer que os políticos de Belford Roxo trabalham arduamente, pois contrariando a premissa de que todo político é regido pela lei do menor esforço, estes estão se desdobrando para evitar a todo custo nomear os concursados, chegando até mesmo (pasmem com tanto trabalho e empenho!) a elaborar uma lei criando cargos na Secretaria de Educação para serem ocupados por sabe-se lá quem, pois os classificados continuam sem qualquer resposta da prefeitura sobre o andamento do concurso.

Trocando em miúdos, nos inscrevemos, pagamos taxa, estudamos (alguns de nós, em cursos preparatórios), compramos livros, nos deslocamos para locais distantes debaixo de um sol escaldante, ficamos horas com os miolinhos fervendo para responder várias questões... para quê?

Para vermos toda uma leva de contratados ocupando as vagas que são nossas por direito. Ah! Vale a pena ressaltar que até mesmo aqueles classificados dentro do número de vagas oferecidas no edital não estão ocupando seus cargos que, como já foi citado anteriormente, estão com os “contratados”, isso sem falar naqueles que estão dentro das salas de aula sem que seus nomes sequer figurem em qualquer lista de convocação, contratação ou coisa que o valha, gostaria de saber como o município lida com esses professores. Eles existem na hora da prestação de contas? São pagos com que verba? Como são justificados os pagamentos feitos a eles ou será que são abnegados profissionais que trabalham apenas por amor a profissão?

Gostaria de saber o que se esconde por trás de tanto empenho por parte dos políticos de Belford Roxo para impedirem que os concursados sejam nomeados seguindo a lei. Talvez a vocês interesse investigar, as listagens são no mínimo estranhas, as listas de retificação contém nomes a serem trocados por outros que sequer constam na primeira lista de convocação. Como eu posso então trocar um candidato por outro se ele não existe na listagem de convocação, então não seria uma troca e sim uma inclusão de mais um “selecionado”. Confuso não?

Tentei anexar os arquivos com as listagens da Ceperj e do Jornal Hora H, onde são publicados os atos oficiais da prefeitura, mas tive problemas no envio então estou enviando apenas o texto, caso queiram, posso entregá-los ou podem baixá-los.

Colocando-me à disposição para responder a qualquer pergunta referente ao assunto pelo telefone 9867-4742.

Atenciosamente,
Claudia Marcia Alves Corrêa

Estamos indignados com a forma que a prefeitura de Belford Roxo vem tratando os profissionais da educação: sem o mínimo respeito. Uma prefeitura que se preze, que diz valorizar e preocupar-se com a educação, há de olhar em primeiro lugar para aqueles que nela e por ela batalham.

Estamos convencidos, dados os acontecimentos, de que não há interesse dos responsáveis, nesta gestão, de melhorar a educação, já denunciada pelos meios de comunicação como precária.

A prefeitura insiste em manter um número de contratos absurdo, embora já tenha realizado um concurso público em janeiro de 2011, e enquanto professores aguardam em casa sua nomeação para assumir o cargo.

É preciso enfatizar também as condições em que vêm sendo mantidos estes contratos, pois os profissionais que trabalham neste regime não têm recebido 13º, além de serem dispensados em dezembro para que não possam receber o mês de janeiro.

Cobramos a convocação dos aprovados no último concurso, inclusive do cadastro de reserva formado. Que estas vagas anunciadas (mil e duzentas) sejam a ele direcionadas, o que demonstrará um mínimo de respeito aos que participaram da seleção, justa e transparente. Não aceitamos mais a educação como máquina política!

É o mínimo que se espera de uma prefeitura responsável pela educação de tantas crianças que creditam à escola a esperança de um futuro melhor, com melhor ensino, com melhores condições.
Por isso, e por esta meta, precisamos estar unidos, pais, professores, comunidade.
Lutamos pelo que acreditamos. Acreditamos na educação, mas numa educação mais compromissada, mais humana, mais justa, mais transparente...

Natália da Silva Marques
nataliadasilvamarques@yahoo.com.br

3 comentários:

  1. EM Mangaratiba foi a mesma coisa, entramos com o pedido no SEPE, fizemos a denúncia e dois dias depois estavam me chamando para o concurso de 2003, chegaram a ligar pra casa de alguns...
    Em Mangaratiba é impossível fazer greve, temos em média 6000 funcionários, 1000 concursados, se não for muito... tem professor na minha escola que é contratado, não faz nada, e ganha mais do que eu... que tenho enquadramento e 6 anos de município...

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  2. prezados professores, não sou professor, mais venho assistindo as corrupção nos concurso publicos, só para arruma dinheiro, fazer ameaça a quem quer fazer valer o seus direitos,me disculpa mais eu vejo que a representante do sepe de cabo frio é conivente com o poder publico,vcs merecem respeito,dignidade,se for contar as horas dedicadas ao trabalho de vcs é de apavorar extressante,anormal,é prejudicial a saúde,é um crime.

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  3. Lamento informar mas noto que cada vez é mais comum esse tipo de embargo. Faço concurso pra tudo que é lugar e sou pII em Nova Iguaçu. O problema é que professores que moram em outros municípios VOTAM em outros municípios, portanto, não gemram interesse depois que pagam a taxa de inscrição. Basta pensar um pouco - 1) Apenas vamos trabalhar lá e receber nossos salários e isso além de não gerar voto, não gera arrecadação - 2) Quem mora no município não sofre com isso, né? ERRADO! Se não babar ovo do vereador da área ou lavar o carro dele, não arruma nada e como não tem vaga pra todo mundo no cargo de puxa saco, dá ruim e ainda por cima, o mané que consegue puxar o saco não gosta de dar aula e qualquer turma que ele pegue "não combina com o perfil dele" - 3) Professor novo não quer se acomodar, quer crescer e esclarecer quem está a sua volta, portanto é melhor não chamar ninguém - 4) Professor novo que eu falei é novo na rede, não é a carreira pois nesse caso, cabelo branco faz diferença

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