Na Luta pela Escola Pública

Este blog pretende criar um espaço para informações e discussões sobre Escola Pública na Região dos Lagos, com destaque para o município de Cabo Frio.

O nome “Pó de Giz” é tomado, por empréstimo, do antigo time de futebol dos professores do Colégio Municipal Rui Barbosa. Um colégio reconhecido por sua luta pela educação pública de qualidade. Um lugar onde fervilha a discussão educacional, política e social. Colégio que contribui de maneira significativa na formação de seus alunos, lugar onde se trabalha com o sentido do coletivo.

O " Pó de Giz" é uma singela homenagem a essa escola que tem um "pequeno" espaço educacional, mas corajoso e enorme lugar de formação cidadã.


sexta-feira, 24 de junho de 2011

Espaço Sindical

Movimentos grevistas e os atuais ataques contra os trabalhadores

Campanhas salariais em andamento, bem como as agendadas para o segundo semestre, acontecem em um contexto no qual as conquistas do movimento sindical no último período esbarram no discurso do retorno da inflação e da desaceleração da economia. Informações do jornal Valor Econômico demonstram que o rendimento médio real dos trabalhadores cresceu 1,9% em abril deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2010. Porém, na comparação anual, a alta chegou a ser de 6,5% reais em outubro de 2010. “A combinação virtuosa entre inflação baixa e a concentração de negociações dos sindicatos mais fortes e organizados, entre setembro e outubro, foi embora - o salário habitualmente recebido pelos trabalhadores em abril foi 2,8% menor, em termos reais, que o embolsado em outubro”, descreve a reportagem do jornal. Ainda de acordo com o texto, a inflação, tema de disputa das negociações salariais, acumulara 4,6% nos 12 meses terminados em setembro de 2010, e agora já chegou a 6,4% nos 12 meses terminados em maio de 2011 (com Valor Econômico).

Trabalhadores de São Paulo unidos em ato

Pela melhoria dos serviços públicos e valorização de seus segmentos, trabalhadores/as do Sintaema, metroviários, eletricitários, ferroviários da Central do Brasil, das indústrias de Santos (Sintius) e da Federação Nacional dos Trabalhadores em Energia, Água e Meio-ambiente (Fenatema) fizeram, no dia 15, ato público frente à Secretaria da Fazenda de São Paulo. Panfletaram em estações do metrô. A Carta Aberta, distribuída pelo movimento, abordou a defasagem de energia em muitos pontos da capital, criticou a terceirização e privatização dos serviços públicos. O ato teve a presença de representantes de diferentes entidades sindicais.

Funcionários da Embrapa contra demissões injustificadas

Trabalhadores das unidades da Embrapa decidiram parar por três dias, iniciando as atividades com piquetes no dia 20, em nome do fim das punições e demissões arbitrárias. Há mais de um mês, a categoria reivindica a inclusão de uma cláusula garantindo o fim das demissões sem processo administrativo no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT 2011-2013). Pelo menos cinco trabalhadores foram demitidos entre o final de 2010 e início deste ano. Além do fim das demissões, desde a data-base iniciada no dia Primeiro de Maio, a categoria luta por ganho real, reajuste dos benefícios econômicos, isonomia de benefícios e revisão do Plano de Carreiras da Embrapa (PCE).

Servidores do MDA: precarização impede o trabalho pela Reforma Agrária

Submetidos aos salários mais baixos do serviço público e a uma estrutura remuneratória que coloca um grau de 78% de discrepância entre trabalhadores, a Associação de Servidores do MDA cruzou os braços no dia 16. “Quando aqui chegamos em 2009 nem mesas e cadeiras existiam para todos os servidores. Alguns ficavam em pé enquanto outros trabalhavam”, denuncia documento da Associação. Na leitura da categoria, as más condições de estrutura do Ministério, o quadro escasso de servidores, bem como o pouco poder decisório dos trabalhadores concursados, são um entrave também para a Reforma Agrária. Na lista de reivindicações, está uma Audiência Pública com o Ministro do MDA, Afonso Florence.

Mineirão, palco de espetáculos e de lutas

Melhores salários e condições de trabalho na obra do estádio Mineirão. Coordenada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção de BH e Região, a greve no canteiro de obras sinaliza uma tendência para os próximos anos, marcados por megaeventos. Em BH, a maioria dos trabalhadores parou suas atividades. Apenas cerca de 30 funcionários estariam dentro da obra, em uma “operação-tartaruga”. Os operários não contam sequer com banheiros e água, fato negado pelo consórcio da obra, a Minas Arena. No dia 20, os operários aceitaram a proposta patronal que prevê reajuste de 4%, apresentação de um plano de saúde para os trabalhadores até o final de junho, pagamento de adicional de hora extra de 100%, estabilidade para a comissão de representantes dos trabalhadores, entre outros direitos básicos.

Trabalhadores da Bosch em greve

Após as mobilizações na Volkswagen, os trabalhadores da multinacional Bosch, em Curitiba (PR), continuam em greve, desde o dia 17. A decisão foi adotada na manhã de segunda-feira (20), quando a empresa não apresentou proposta de aumento do valor da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Na pauta, eles querem que o PLR passe de R$ 4.8 mil para R$ 9 mil – condicionados ao aumento de 100% das metas estipuladas. A Bosch possui mais três fábricas no Brasil: duas em Campinas (SP) e uma em Aratu (BA). Em 2010, os lucros da Bosch no mundo chegaram a R$ 118 bilhões (com Radio Agência NP).

Saúde de vigílias a greves

Trabalhadoras e trabalhadores do Sindsaúde-PR montaram vigília frente à Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) do dia 13 a 17 de junho. O objetivo: pressionar o governo estadual para que a categoria tenha direito ao Plano de Cargos e Carreira. O principal ponto do plano refere-se à jornada de trabalho de 30 horas. A diminuição da jornada é essencial para os trabalhadores da saúde, expostos nos hospitais a condições de insalubridade e risco de contágio biológico e químico. Os trabalhadores da saúde privada fizeram greve em Curitiba há poucas semanas. Em São Paulo, os servidores estaduais da saúde paralisaram por dois dias.

Para os professores de MG, a luta continua

Cerca de 5 mil trabalhadores/as em educação decidiram, em assembleia, manter por tempo indeterminado a greve iniciada no dia 08. A categoria aprovou um calendário que prevê mobilizações em todas as regiões do estado. Os/as trabalhadores/as em educação cobram do governo estadual o cumprimento da lei federal que regulamenta o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), que hoje é de R$ 1.597,87, para 24 horas semanais. Por outro lado, o governo de MG paga hoje o piso de R$ 369,00. “O Estado investiu apenas 14% em Educação no primeiro trimestre e em 2010 os recursos disponibilizados ao setor foram de 20%, dos 25% que o Governo é obrigado a investir. Infelizmente é com essa precariedade de insumos que convivemos em Minas Gerais”, afirma Beatriz Cerqueira, coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, sindicato à frente do movimento grevista.

poe email, Profª Vera Nepomuceno

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