O tema de hoje em todos os noticiários é a possibilidade de uma nova prova do ENEM, em virtude dos inúmeros processos impetrados pelos estudantes e suas famílias.
Inquestionável o direito daqueles que se sentem prejudicados.
Não sei porque a impressão que temos é a de que não é possível acontecerem erros primários novamente, depois do grande problema passado pelo MEC ano passado. Temos uma sensação de sabotagem ao programa federal para que dificultem o acesso (que vinha sendo “facilitado” com o ENEM) às universidades públicas e ao PROUNI, promovendo o descrédito da instituição.
Outra reflexão que fazemos é a de tentar entender porque quando não havia a adesão das grandes universidades, não tínhamos notícias de fraudes, erros absurdos tantas mudanças de datas. A prova, simplesmente, acontecia.
Ontem, acompanhando as notícias pelo twitter, vimos quando o MEC postou a frase absurda de coação aos alunos, ameaçando processar àqueles que “dançaram” na prova e estavam promovendo tumulto. Vimos a reação imediata do senador Cristovam Buarque dizendo que o ministro da educação deveria agir , rigorosamente, com o responsável pela postagem. Quem está acostumado com a democracia, não poderia ler tamanho disparate e se silenciar.
Nenhuma decisão, neste momento, conseguirá ter aceitação.
Se somente a prova amarela for refeita, outros alunos poderão se sentir prejudicados, por dar, a um grupo de alunos, uma segunda prova. Se todas forem anuladas, os que se saíram bem, poderão se sentir prejudicados. Se nenhuma for anulada, os que fizeram a prova com gabarito trocado, serão prejudicados.
Enfim, o governo não sairá desse episódio inteiro. Nossos alunos e alunas não merecem passar por essa confusão gigantesca depois de um ano tão difícil quanto o ano de conclusão do Ensino Médio. Esperamos, apenas, em nome de milhões de alunos, alunas e suas famílias que todos os esforços sejam feitos para garantir a legitimidade desse processo e que avanços não sejam retrocedidos para servir a interesses privados.
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